Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Namíbia – Região de Ohangwena está a expulsar angolanos

As autoridades namibianas da região de Ohangwena estão a repatriar, diariamente, centenas de angolanos que se encontram no país vizinho para fugirem à fome provocada pela seca severa que atinge as províncias do sul de Angola


Nas últimas semanas milhares de angolanos atravessaram ilegalmente a fronteira com a Namíbia, especialmente habitantes das províncias da Huíla e do Cunene, para fugir aos efeitos dramáticos da estiagem prolongada, concentrando-se maioritariamente nas regiões de Omusati e Ohangwena.

O governador da região de Ohangwena, Walde Ndevashiya, citado pela NBC namibiana, explicou que em média, todos os dias, só desta municipalidade, são repatriados pelas forças de segurança mais de 200 angolanos por não cumprirem os requisitos legais exigidos para permanência no país.

Como o Novo Jornal tem acompanhado, largos milhares de angolanos, na sua maioria jovens, homens e mulheres, muitos deles com filhos pequenos, atravessaram, e continuam a atravessar, ilegalmente, a fronteira sul de Angola para procurar na Namíbia, seja em trabalho doméstico, seja como pastores de gado, na sua maior parte, quase sempre remunerados muito abaixo dos valores médios praticado, salvaguarda para os efeitos da seca que se impôs na Huíla, Cunene e também Namibe.

Apesar de a chuva ter regressado nos últimos dias, os efeitos mais severos da seca mantêm-se e o êxodo de milhares de angolanos permanece, tendo mesmo, há duas semanas, levado a embaixadora angolana em Windhoek a visitar as zonas de fronteira para se inteirar da situação dramática que vivem estes cidadãos.

Face ao continuado fluxo de angolanos que atravessam a fronteira, as autoridades locais, ao nível dos governos das regiões de Omusati e Ohangwena, apesar de manterem a ideia de que os dois países devem encetar conversações para lidar com este problema, que têm estado a providenciar alimentação de recurso a estas pessoas, dizem ter-se visto obrigadas a optar pelo repatriamento. In “Novo Jornal” - Angola

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