O
Programa Mundial de Alimentos, PMA, realizou uma série de voos de avaliação
para saber a exata extensão dos danos agrícolas e de infraestruturas causados pelo ciclone Seroja, que atingiu Timor-Leste no início deste mês.
Chuvas torrenciais e as piores inundações em 40 anos foram o resultado do desastre natural. O governo declarou estado de calamidade e pediu ajuda internacional.
Apoio
Em
comunicado, o secretário de Estado da Proteção Civil, Joaquim Martins, disse
que, com o apoio logístico do PMA, o governo timorense conseguiu distribuir
materiais de socorro às famílias afetadas em 48 horas. Díli, a capital do país,
foi a área mais atingida.
Segundo
Martins, “estas avaliações aéreas são críticas para ajudar a compreender a
verdadeira extensão dos danos, não só em Díli, mas também em outros distritos.”
Dados
preliminares indicam que 10325 pessoas foram atingidas em oito municípios
timorenses. Em Díli, 76% da população sofreu com o desastre.
Joaquim
Martins contou ainda que, com a informação será possível “determinar as nossas
necessidades, definir prioridades e conceber intervenções para o futuro.”
Danos
De
acordo com o Ministério da Agricultura e Pescas, cerca de 1,6 mil hectares de
arroz e 295 hectares de plantações de milho foram danificados em seis
municípios.
Os
dados foram recolhidos após três voos de avaliação cobrindo Viqueque, Manatuto,
Baucau, Manufahi, Ainaro, Covalima, Oecussi, Bobonaro e outros distritos, entre
16 e 21 de abril.
O
ministro da Agricultura e Pescas, Pedro Reis, informou que, depois das cheias,
“muitos esquemas de irrigação foram danificados, o que é arrasador porque a
maioria da população é composta por agricultores de subsistência.”
Avaliação
A
partir desta semana, o PMA e a Organização da ONU para a Alimentação e
Agricultura, FAO, realizam uma missão de avaliação de colheitas e segurança
alimentar para conhecer os impactos da crise na segurança alimentar.
O
diretor nacional do PMA no país, Dageng Liu, disse que os voos da agência
“permitiram avaliar os danos em dias em vez de semanas.”
A
iniciativa, realizada em nome do governo, teve o apoio da Mission Aviation
Fellowship, MAF.
Liu
afirmou estar satisfeito porque “a parceria deu uma contribuição positiva para
a recuperação do país das inundações arrasadoras.”
Representantes
da Secretaria de Estado da Proteção Civil, Ministério da Agricultura e Pesca,
Ministério do Planejamento e Território, Ministério das Obras Públicas e da ONU
têm participado das avaliações aéreas. ONU News – Nações Unidas
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