Frei Pedro de Sousa, missionário português em Timor-Leste, alertou para as necessidades da população timorense em Tibar, a oeste da capital, no município de Liquiçá, nos bairros onde estão “os pobres dos mais pobres”
O
religioso capuchinho relatou à Agência ECCLESIA o impacto das enchentes do
início deste mês, após a chuva “torrencial ininterrupta assustadora” na Páscoa
(4 de abril), que isolou esta população.
“A
estrada que liga Tibar a Díli tinha ruído completamente, ficou isolada de Díli
e de outras mais populações e lugares próximos”, recordou o missionário.
O
sacerdote português contextualiza que, na véspera da Páscoa, “ninguém” saiu de
casa com a “chuva torrencial ininterrupta assustadora”; no dia seguinte, um
grupo de consagrados timorenses e portugueses foi “acolher os inúmeros pedidos
de ajuda” dos bairros próximos do convento de São Francisco da Ordem dos Frades
Menores Capuchinhos.
Frei
Pedro de Sousa adianta também que, os frades Capuchinhos, fizeram um
levantamento porta a porta, na semana depois da Páscoa, para referenciar as
pessoas “mais afetadas” pelas cheias e elaborarem uma “lista mais justa e
equitativa”.
“As necessidades são ao
nível dos alimentos, roupas de criança e de adultos, calçado, colchões,
lençóis, materiais de cozinha, manuais e material escolar”, exemplifica.
No
dia de Páscoa, os consagrados encontraram muros derrubados, arvores caídas,
“lama por todo o lado”, animais mortos e “gado solto” mas “o pior” eram as
pessoas nos telhados de zinco, “na esperança que alguém os pudesse auxiliar”.
Segundo
o missionário português, quando chegaram aos bairros, onde estão “os pobres dos
mais pobres”, começaram por retirar a lama e “tentar aproveitar tudo o que se
podia” mas “as casas estavam todas inabitáveis”.
Neste
contexto, destaca a mobilização solidária das pessoas – as Irmãs Escravas da
Eucaristia, as Irmãs Concepcionistas, as Irmãs do Sagrado Coração, muitos
timorenses – para limpar as casas.
Um
jovem casal português que “perdeu praticamente tudo” teve “vários gestos de
ajuda”, como levar “um enorme contentor de água” a pessoas que “não tinham nem
eletricidade nem água”.
As
ordens e congregações religiosas também começaram a apoiar na alimentação, com
“uma porção de arroz e outros alimentos” para distribuir pelas pessoas.
Frei
Pedro de Sousa assinala que para além das congregações religiosas e do poder
local, a população também é apoiada pela Cáritas e pela Diocese de Maliana. In “Bom dia
Europa” - Luxemburgo
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