Bissau
– Portugal e a União Europeia entregaram à Direcção-geral do Serviço de
Migrações e Fronteiras da Guiné-Bissau material para um maior controlo de
tráfico de pessoas no âmbito do projecto de Reforço da Gestão Integrada de
Migrações.
Segundo
o embaixador de Portugal em Bissau, José Caroço, o programa destina-se à
“prevenção do tráfico de seres humanos, exploração laboral e todo o tipo de
tráficos que infelizmente hoje assolam e constituem um flagelo internacional”.
“Para
o combater é preciso haver uma colaboração, partilha de informação, entre todos
aqueles que são responsáveis por zelar pelas fronteiras, para que possa existir
um salutar, regular, normal e legal fluxo, que queremos estimular”, disse o
diplomata.
Para
José Caroço, isso só poderá acontecer se as pessoas estiverem preparadas e
habilitadas com formação e equipamento.
“Na
Guiné-Bissau, as fronteiras aéreas, terrestres e marítimas são extremamente
porosas, representando um sério risco para a segurança e mobilidade nacional e
regional”, salientou a embaixadora da União Europeia, Sónia Neto, também
presente na cerimónia, que decorreu no Centro Cultural Português, em Bissau.
Para
a embaixadora, existe também um “risco elevado relativamente à migração
irregular, ao contrabando de pessoas, ao tráfico de seres humanos e a tráficos
de outra natureza”.
“Facilitar
a migração e a mobilidade das pessoas de forma ordenada, segura, regular e
responsável, inclusive através da implementação de política de migração
planeadas e bem geridas é uma das metas inscritas nos Objectivos de
Desenvolvimento Sustentável”, disse Sónia Neto.
Para
o director-geral do Serviço de Migração e Fronteiras da Guiné-Bissau, Celso
Carvalho, a partir de hoje no país vai passar a haver um maior controlo das
fronteiras.
“De
hoje em diante vamos conseguir controlar todos os documentos que podem e devem
passar pelos serviços do aeroporto internacional Osvaldo Vieira, permitindo que
com essa formação e equipamento detectar várias tentativas que são feitas”,
disse.
O
projecto de Reforço da Gestão Integrada de Migrações, orçado em cerca de um
milhão de euros, é financiado pela Comissão Europeia e pelo Serviço de Estrangeiros
e Fronteiras de Portugal através de fundo de apoio ao desenvolvimento.
A
entrega do material foi antecedida de cursos de formação em tráfico de pessoas
e fraude documental a funcionários do Serviço de Migrações e Fronteiras
guineense ministrada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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