Alberto Manguel vai doar à cidade de Lisboa a sua coleção
pessoal de livros, constituída por cerca de 40 mil volumes. A assinatura do
protocolo aconteceu hoje, 12 de Setembro, na Feira do Livro de Lisboa
O
espólio pessoal do escritor, ensaísta, editor e tradutor argentino-canadiano,
que inclui obras de literatura e não ficção nas áreas das artes e humanidades,
vai integrar o futuro Centro de Estudos de História da Leitura, que
nascerá na capital portuguesa, no Palacete dos Marqueses de Pombal, na Rua das
Janelas Verdes, reafirmando Lisboa como ponto de encontro de culturas e
línguas, internacional e intercultural. De facto, o próprio Conselho Honorário
do futuro Centro de Estudos de História da Leitura ilustra bem essa
diversidade e universalidade. Entre os vários nomes, estão escritores como a
Prémio Nobel 2018, Olga Tokarczuk, de nacionalidade polaca, Salman Rushdie, o
autor britânico de origem indiana, a canadiana Margaret Atwood, o poeta e
cardeal português Tolentino de Mendonça, atualmente Arquivista e Bibliotecário
do Vaticano, e o Prémio Camões 2019, o brasileiro Chico Buarque.
Alberto
Manguel (1948) trabalhava ainda jovem na livraria Pygmalion quando o
escritor Jorge Luís Borges, já com uma cegueira progressiva, lhe pediu que
lesse para si em casa. Manguel tornou-se assim leitor de Borges entre 1964 e
1968, ano em que se mudou para a Europa. Viveu em Espanha, França, Itália e
Inglaterra, onde foi leitor e tradutor para várias editoras. Editou antologias
de contos sobre vários temas. Ensaísta e romancista premiado, é autor de vários
best-sellers internacionais. Recebeu, entre outros, o Prémio Formentor
das Letras, o Prémio Gutenberg, o Prémio Alfonso Reyes, o Prémio Medicis Prize,
o Prémio Roger Callois. Foi nomeado Officer of the Order of Canada e
Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres de France e entre 2016 e
2018, tal como Jorge Luís Borges, foi diretor da Biblioteca Nacional da
Argentina. In “Expresso do Oriente” – Portugal
Pode
aceder à cerimónia de assinatura aqui.
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