Os jornalistas angolanos começaram esta segunda-feira,28,
a inscrever-se no site da Comissão da Carteira e Ética (CCE) para obtenção da
carteira profissional, documento que vai ser fundamental para o exercício da
actividade no País, avançou hoje ao Novo Jornal a presidente da CCE.
A
jornalista Luísa Rogério adiantou que o processo estará dividido em três
períodos e nesta primeira fase, que vai até ao próximo Domingo dia 04, os "kotas"
são prioritários, ou seja, a partir de hoje devem apenas inscrever-se os
jornalistas que começaram a exercer a profissão até 1985, incluindo o tempo
colonial.
"A
ideia é facilitar o processo de inscrição para aqueles que começaram primeiro a
exercer a profissão. Queremos que eles sejam os primeiros e quetenham também os
primeiros números de carteira profissional", disse a presidente da CCE,
acrescentando que "quem assim não o fizer neste período vai perder o
direito de ser primeiro e terá o número da carteira já acima da casa dos mil. A
ideia é atribuir os primeiros números a quem começou primeiro".
Luísa
Rogério informou ainda que a CCE tem todas as condições criadas e que a
carteira será em suporte físico e digital.
Quanto
à segunda fase, Luísa Rogério explicou que irá decorrer de 05 a 11 de Outubro e
será apenas para os jornalistas que começaram a exercer a função a partir de
1986 até ao ano 2000.
O
terceiro período, será para os jornalistas que começaram a exercer a função de
2001 até à data presente.
Luísa
Rogério recordou que, nos termos da Lei, as inscrições devem durar apenas três
meses e quem assim não o fizer e continuar a exercer a profissão de jornalistas
em Angola, vai perder esse direito.
"Daqui
há três meses quem não tiver carteira profissional vai ser impedido de exercer
a profissão de jornalista de acordo com a Lei e o órgão que trabalha será
multado", sublinhou.
Quanto
aos jornalistas reformados, Luísa Rogério disse que esses profissionais podem
também solicitar a carteira para que se apresentem como jornalistas.
Cada
jornalista terá de pagar 25 mil kwanzas no acto da inscrição para atribuição da
carteira profissional.
Quanto
ao pessoal formado em comunicação social, jornalismo, e ciências da comunicação
que nunca exerceu antes a profissão, estes ficam impedidos de solicitarem a
carteira e só podem fazê-lo após terem um período de estágio ou de seis meses
num órgão de comunicação social
Os
cidadãos estrangeiros que exercem actividade de jornalistas em Angola, também
devem inscrever-se na CCE para a obtenção da carteira profissional.
A
Comissão de Carteira e Ética é um organismo de direito público com competência
de assegurar o funcionamento do sistema de acreditação dos profissionais da
comunicação social nos termos da Lei.
Compete-lhe
ainda a atribuição, a renovação, a suspensão ou mesmo cassação, nos termos da
Lei, dos títulos de acreditação dos profissionais da comunicação social, bem
como apreciar, julgar e sancionar a violação.
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