Recomeçaram ontem as aulas na Escola Portuguesa de Macau
(EPM). Ao Ponto Final, Manuel Machado, director da escola, contou 657 alunos
matriculados, o que revela um aumento de 5% face ao ano passado. Sobre o
destaque que a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) dá à educação
patriótica, Manuel Machado referiu que, na EPM, vai tudo manter-se na mesma. A
EPM também vai continuar sem fazer a cerimónia do hastear da bandeira
Ontem
foi o primeiro dia de aulas do ano lectivo 2020/2021 na Escola Portuguesa de
Macau (EPM) e Manuel Machado, director da instituição, começou por contar como
correu o recomeço das aulas: “O primeiro dia correu muito bem, com uma grande
afluência de alunos e de encarregados de educação na escola logo nas primeiras
horas da manhã”.
Manuel
Machado explicou que os alunos do primeiro ciclo foram recebidos pelas
respectivas professoras e os alunos do 5.º ao 12.º ano foram recebidos pela
direcção no ginásio da escola. “Nessa recepção foram dadas as boas-vindas e
foram referidos alguns aspectos a considerar ao longo deste ano lectivo na
sequência da situação que se vive, e na continuidade das medidas que já tinham
sido adoptadas após o reinício em Maio do último ano lectivo”, detalhou o
director da instituição.
Para
este ano estão matriculados, no total, 657 alunos, o que reflecte um aumento de
5% face aos 623 alunos que estavam matriculados no ano lectivo de 2019/2020.
Dos 657 matriculados na EPM este ano, 306 são do primeiro ciclo. Manuel Machado
nota que, nos últimos anos, tem havido um crescente interesse no ensino do
português por parte dos encarregados de educação. Segundo o director, há apenas
uma aluna em Portugal que, com as restrições nas fronteiras, não conseguiu
voltar a Macau para o reinício das aulas.
O
número de alunos matriculados que têm como língua materna o português também
aumentou: “A percentagem de alunos de língua materna portuguesa no primeiro ano
de escolaridade anda à volta dos 30%. Cresceu um bocadinho em comparação com o
ano passado, porque o número de alunos de língua portuguesa no primeiro ano era
de aproximadamente 25%”.
Quanto
aos professores, Manuel Machado indicou que foram contratados mais três
professores de inglês para os níveis de ensino mais elementares. “Isto deve-se
a um acréscimo da carga horária de inglês no currículo da Escola Portuguesa de
Macau”, justificou o director da EPM. No total, há este ano 65 professores a
tempo inteiro e três a tempo parcial. Manuel Machado destacou ainda que, ao
nível do ensino especial, “está tudo preparado para o acompanhamento dos alunos
que carecem de apoio para as diferentes necessidades que tenham”.
Para
este ano lectivo, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) tem
destacado os esforços feitos no âmbito do ensino do amor à pátria e a Macau. Na
EPM não haverá mudanças: “Nós, na EPM, desde há muitos anos, temos leccionado
as disciplinas de História e Geografia de Macau e da China. Portanto, no âmbito
dessa disciplina, obviamente que ensinamos o que diz respeito à China,
nomeadamente no que diz respeito à sua história, aos seus símbolos e ao
respeito que lhe é devido”.
Há
um ano, com a entrada em vigor da nova lei do hino, passou a estar previsto que
as escolas de Macau fizessem, semanalmente, uma cerimónia de hastear da
bandeira da China. Porém, a EPM não chegou a fazê-lo, mantendo a bandeira
exposta no átrio principal, ao lado das bandeiras da RAEM e da escola. Este
ano, a situação mantém-se. “Neste momento vamos manter-nos como estivemos
durante o ano lectivo anterior”, explicou Manuel Machado. Na altura, a
justificação da EPM era a de que não havia espaço para realizar a cerimónia. “É
um problema com que continuamos a deparar-nos, porque o espaço é pequeno e cada
vez há maior número de alunos”, reiterou o director da escola. André Vinagre
– Macau in “Ponto Final”
andrevinagre.pontofinal@gmail.com
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