A
dimensão territorial das ilhas de São Tomé e Príncipe, já não é de 1001
quilómetros quadrados. Dados divulgados no âmbito do plano nacional de
ordenamento do território, indicam que o avanço do mar sobre a terra e outros
fenómenos das mudanças climáticas, reduziram, a dimensão das duas ilhas para
991 quilómetros quadrados de terra.
Ao
mesmo tempo o plano nacional de ordenamento do território, que começou a ser
elaborado no ano 2017, por um consórcio de empresas israelitas e portuguesas,
prevê um crescimento demográfico acelerado.
Actualmente
segundo dados da Direcção do Instituto Nacional de Estatísticas a população de
São Tomé e Príncipe, atinge 200 mil habitantes. Mas, segundo o plano nacional
de ordenamento do território, até 2040 a população do país vai ultrapassar os
300 mil habitantes.
A
dimensão da terra diminuiu, e o número de habitantes continua a aumentar. «Há
uma previsão para muito mais de 300 mil habitantes para 2040. Devemos optimizar
o uso do nosso território, que como tomamos conhecimento já não tem 1001
quilómetros. Por causa das mudanças climáticas subidas do nível do mar, e
outras acções nossas mesmas, em relação a terra...», alertou o Ministro das
Infra-estruturas e recursos naturais, Osvaldo Abreu.
O
plano nacional de ordenamento do território, é um instrumento fundamental para
a tomada de decisões para o desenvolvimento do país. O plano em fase de
execução, foi apresentado ao Governo no mês de Agosto último.
Financiado
pelo Fundo Africano de Desenvolvimento, no valor de 2 milhões e 400 mil euros,
o plano nacional de ordenamento do território, prevê para o futuro a construção
de mais um aeroporto na ilha de São Tomé, desta vez na região de Porto Alegre.
«Já
havia um aeródromo naquela parte do nosso território…. Agora com o crescimento
do turismo naquela parte sul da ilha de São Tomé, vem esta recomendação. É
qualquer coisa que o Governo, deve ter em consideração e chamar o sector
privado a intervir», precisou o Ministro das Infra-estruturas e Recursos
Naturais.
O
plano em elaboração, vai permitir ao país ter um novo pacote legislativo em
matéria de ordenamento do território.
Coisa
que segundo Felipe Moniz, responsável do sector, o país não dispunha. «Teremos
uma nova cartografia, a existente tem mais de 50 anos. Teremos uma rede
geodésica de primeira ordem renovada, porque a rede geodésica anterior data de
1915 e 1919», acrescentou o responsável do sector do ordenamento do território.
O
Plano Nacional de Ordenamento do Território deve ficar concluído ainda neste
ano 2020 e submetido ao parlamento para a devida aprovação. Abel Veiga – São
Tomé e Príncipe in “Téla Nón”
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