A
obra “Contos de Macau”, da autoria de João Morgado, venceu a 13.ª edição do
Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, instituído pela Câmara de Santiago
do Cacém, no distrito de Setúbal, foi ontem divulgado.
A
cerimónia de entrega do prémio ao vencedor, que assinou sob o pseudónimo
“Liang”, está marcada para o dia 17 de Outubro na Biblioteca Municipal Manuel
da Fonseca, em Santiago do Cacém.
A
obra vencedora foi escolhida por unanimidade pelo júri, constituído pelo
secretário-geral da Associação Portuguesa de Escritores, Luís Machado,
presidente da Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Manuel Frias
Martins, e pelo ensaísta e crítico literário, Miguel Real. O primeiro prémio do
concurso recebe um valor pecuniário de quatro mil euros e a obra será editada,
no próximo ano, pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
Segundo
o júri, trata-se de “uma obra de grande lirismo. As narrativas dos vários
contos deixam transparecer uma elevada qualidade estética e um excelente
domínio da linguagem. A atmosfera da cultura oriental está muito bem
representada, seduzindo a atenção do leitor”.
De
acordo com o município, em comunicado, João Morgado nasceu em 1965, na Covilhã,
é poeta e romancista, doutorado em Comunicação na Universidade da Beira
Interior e foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural,
oficializada pela República Federativa do Brasil, pelo seu trabalho de
investigação sobre Pedro Álvares Cabral. “Autor premiado nas áreas do romance,
poesia e conto, foi na literatura que se afirmou com os romances ‘Diários dos
Infiéis’ e ‘Diário dos Imperfeitos’”, acrescentou. João Morgado passou também
por Macau, em 2017, onde foi convidado para participar no Festival Literário
Rota das Letras.
O
Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, de caráter bienal, procura
distinguir uma coletânea de contos originais, escritos em língua portuguesa,
por autor natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona. Este ano,
segundo a autarquia, foram admitidos a concurso 96 obras literárias originais
de autores lusófonos, verificando-se um acréscimo em relação a 2018 em que
concorreram 19 trabalhos. In “Ponto Final” - Macau
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