O presidente da Assembleia Geral da Associação dos
Engenheiros de Macau encara com optimismo o desenvolvimento em Hengqin. Eddie
Wu salientou à Jornal Tribuna de Macau que o facto dos engenheiros de Macau
poderem exercer na Ilha da Montanha é um passo em frente para posteriormente
trabalharem na região da Grande Baía
Eddie
Wu, presidente da Assembleia Geral da Associação dos Engenheiros de Macau
(AEM), está expectante relativamente ao desenvolvimento do sector da engenharia
civil de Macau em Hengqin. Na sua perspectiva, esta área continua a manter o
seu estilo tradicional no território, enquanto no resto do mundo tem mudado
rapidamente, sobretudo adaptando-se às novas tecnologias, defendeu em
declarações ao Jornal Tribuna de Macau.
Nesse
sentido, o reconhecimento das habilitações dos engenheiros e arquitectos da
RAEM na Ilha da Montanha figura como uma oportunidade. “Hengqin pode tornar-se
num campo de projectos piloto para os engenheiros de Macau exercerem a sua
profissão na Grande Baía”, defendeu.
Segundo
o acordo assinado com a China, os arquitectos e engenheiros podem exercer actividade
profissional em Hengqin a partir de Dezembro. Eddie Wu explicou que, por um
lado, a expansão do âmbito do trabalho dos engenheiros pode criar novas
oportunidades para o sector, por outro, considera que o desenvolvimento
sustentável do sector vai atrair mais pessoas a participar nessa área.
Eddie
Wu foi reeleito recentemente como presidente da Assembleia Geral da AEM e Sio
Chi Veng também foi reconduzido como presidente da Direcção. A tomada de posse
realizou-se na sexta-feira passada, tendo sido presidida pelo Secretário para
os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário.
No
que diz respeito ao foco do trabalho, Eddie Wu mencionou a revisão do
Regulamento de Segurança contra Incêndios e a alteração do Regulamento Geral da
Construção Urbana em 2021. “Vamos recolher as opiniões do sector para ajudar à
revisão destas regras fundamentais”, acrescentou.
Em
declarações a este jornal, Eddie Wu indicou ainda que as formações para
engenheiros sofreram atrasos por causa da pandemia, por isso, a associação irá
agendar novas acções nesse âmbito no segundo semestre para satisfazer as
necessidades de procura. Segundo esclareceu, os engenheiros precisam de
frequentar formação com duração de 50 horas no período de dois anos, pelo que a
associação está a tentar ajudar nesse sentido.
Em
relação aos engenheiros portugueses, Eddie Wu sublinhou que a sua inscrição na
associação é sempre bem-vinda. Numa altura em que ainda não é possível ter
reconhecimento mútuo da credenciação dos engenheiros de Macau e Portugal, Eddie
Wu explicou que os engenheiros portugueses sem BIR de Macau também não podem
exercer função no território. Mesmo assim, mostrou-se confiante na plataforma
de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa para prestar apoio
tanto aos engenheiros chineses como lusófonos. Viviana Chan – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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