Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Macau – Engenheiros da RAEM atentos a Hengqin como um mercado de oportunidades

O presidente da Assembleia Geral da Associação dos Engenheiros de Macau encara com optimismo o desenvolvimento em Hengqin. Eddie Wu salientou à Jornal Tribuna de Macau que o facto dos engenheiros de Macau poderem exercer na Ilha da Montanha é um passo em frente para posteriormente trabalharem na região da Grande Baía

Eddie Wu, presidente da Assembleia Geral da Associação dos Engenheiros de Macau (AEM), está expectante relativamente ao desenvolvimento do sector da engenharia civil de Macau em Hengqin. Na sua perspectiva, esta área continua a manter o seu estilo tradicional no território, enquanto no resto do mundo tem mudado rapidamente, sobretudo adaptando-se às novas tecnologias, defendeu em declarações ao Jornal Tribuna de Macau.

Nesse sentido, o reconhecimento das habilitações dos engenheiros e arquitectos da RAEM na Ilha da Montanha figura como uma oportunidade. “Hengqin pode tornar-se num campo de projectos piloto para os engenheiros de Macau exercerem a sua profissão na Grande Baía”, defendeu.

Segundo o acordo assinado com a China, os arquitectos e engenheiros podem exercer actividade profissional em Hengqin a partir de Dezembro. Eddie Wu explicou que, por um lado, a expansão do âmbito do trabalho dos engenheiros pode criar novas oportunidades para o sector, por outro, considera que o desenvolvimento sustentável do sector vai atrair mais pessoas a participar nessa área.

Eddie Wu foi reeleito recentemente como presidente da Assembleia Geral da AEM e Sio Chi Veng também foi reconduzido como presidente da Direcção. A tomada de posse realizou-se na sexta-feira passada, tendo sido presidida pelo Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário.

No que diz respeito ao foco do trabalho, Eddie Wu mencionou a revisão do Regulamento de Segurança contra Incêndios e a alteração do Regulamento Geral da Construção Urbana em 2021. “Vamos recolher as opiniões do sector para ajudar à revisão destas regras fundamentais”, acrescentou.

Em declarações a este jornal, Eddie Wu indicou ainda que as formações para engenheiros sofreram atrasos por causa da pandemia, por isso, a associação irá agendar novas acções nesse âmbito no segundo semestre para satisfazer as necessidades de procura. Segundo esclareceu, os engenheiros precisam de frequentar formação com duração de 50 horas no período de dois anos, pelo que a associação está a tentar ajudar nesse sentido.

Em relação aos engenheiros portugueses, Eddie Wu sublinhou que a sua inscrição na associação é sempre bem-vinda. Numa altura em que ainda não é possível ter reconhecimento mútuo da credenciação dos engenheiros de Macau e Portugal, Eddie Wu explicou que os engenheiros portugueses sem BIR de Macau também não podem exercer função no território. Mesmo assim, mostrou-se confiante na plataforma de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa para prestar apoio tanto aos engenheiros chineses como lusófonos. Viviana Chan – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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