O
vice-reitor da Universidade de Macau (UM), Rui Martins, revelou que o contexto
epidémico atrasou os planos da universidade para o desenvolvimento de uma Faculdade
de Medicina em Hengqin ou em Zhuhai, em parceria com a Universidade de Lisboa.
A revelação foi feita em entrevista à Rádio Macau no sábado.
“Havia
a ideia de criar uma Faculdade de Medicina na Ilha da Montanha ou em Zhuhai.
Seria uma Faculdade na área de medicina, medicina dentária e farmácia, e teria
como objectivo atrair alunos internacionais. Teria o apoio dos governos de
Zhuhai e de Macau, em parceria com a Universidade de Lisboa. O projecto devia
desenvolver-se este ano, mas devido à pandemia ficou um bocado parado, estamos
à espera que seja retomado mais para o fim do ano”, disse Rui Martins,
vice-reitor da Universidade de Macau.
Questionado
sobre o reinício das aulas esta segunda-feira, Rui Martins assinalou que a
Universidade de Macau vai ter “mais de 10 mil alunos” e “650 docentes” no ano
lectivo de 2020-2021. Devido ao contexto pandémico, as aulas vão ser
presenciais e online.
Sobre
a crise económica despoletada pelo novo tipo de coronavírus, nomeadamente no
mercado de trabalho local, o vice-reitor da Universidade de Macau para os
assuntos globais assinalou a alta taxa de empregabilidade dos alunos da UM,
tanto em Macau como no exterior. “Basta entrar na Universidade de Macau e já
está empregado. Agora pode-se demorar um pouco mais de tempo, mas basta entrar
na UM para se ter emprego em Macau ou no exterior”, afirmou Rui Martins.
Em
relação à discussão de temas políticos nas salas de aulas, Rui Martins defendeu
que na Universidade de Macau há liberdade académica e de investigação, mas que os
professores não devem levar temas políticos para as salas de aulas, embora
considere que podem abordar todos os temas.
“Fazer
política na sala de aula acho que não é adequado, mas isso também é válido no
Ocidente e em Portugal. (…) Poderá haver cadeiras em que isso faça parte do
tema abordado, mas nas outras não faz qualquer sentido. Não faz sentido um
professor de electrónica ir para uma aula falar de questões políticas porque o
transístor não é político”, referiu.
Apesar
de considerar que os professores não devem discutir temas políticos nas salas
de aulas, Rui Martins assegurou que a Universidade de Macau “não censurou
qualquer livro na biblioteca da instituição” e que tem apoiado a investigação
de professores abordam questões mais polémicas. In “Ponto
Final” - Macau
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