Cinco coordenadores portugueses destacados num projeto educativo luso-timorense chegaram a Díli na quarta-feira, estando atualmente em quarentena, e dez outros professores devem viajar para Timor-Leste no domingo, disse à Lusa o ministro da tutela
“Os
cinco coordenadores chegaram na quarta-feira e estão a cumprir agora a
quarentena”, disse Armindo Maia em declarações à Lusa, referindo-se aos
docentes destacados nos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE).
Em
abril, devido à situação da pandemia da COVID-19, um grupo de 88 dos 138
docentes destacados no projeto, optou por partir para Lisboa, num voo de
repatriamento, ficando os restantes, entre os quais parte dos coordenadores de
escola.
As
restrições em viagens e às entradas em Timor-Leste, que está sem voos
comerciais desde essa altura, impediram os docentes de regressar.
Cerca
de metade dos 88 deveriam voltar a Timor-Leste num voo operado no domingo pela
euro-atlântico, mas atrasos no voo e dificuldades em cumprir o calendário de
pagamento das viagens, levou Armindo Maia a tomar a decisão de que não
viajassem para Díli.
“Tomámos
a decisão de apenas viajarem os cinco coordenadores”, referiu.
“Porém,
houve 10 docentes que decidiram custear eles próprios a viagem e que, por isso
vão regressar a Timor-Leste agora no voo de domingo”, frisou.
Desenvolvido
em conjunto pelos Ministérios da Educação de Portugal e de Timor-Leste, que
partilham as despesas, o projeto dos CAFE centra-se na requalificação do ensino
timorense em língua portuguesa, em escolas públicas em todos os municípios e na
Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA).
Armindo
Maia disse ter já dado autorização aos docentes para que embarquem, tendo
contactado o Ministério da Saúde para garantir que ficam instalados nos locais
de quarentena organizados pelas autoridades timorenses.
O
voo de domingo, esperado em Díli na segunda-feira, terá a bordo dezenas de
estudantes e outros cidadãos timorenses e dezenas de portugueses, entre eles professores
da Escola Portuguesa de Díli.
A
bordo do voo, que vai pernoitar em Díli antes de regressar a Lisboa, estão já
confirmados 138 passageiros, entre os quais professores da Escola Portuguesa de
Díli e outros cidadãos portugueses.
O
voo 'charter', uma operação complexa que envolve as autoridades dos dois
países, estava inicialmente previsto para sair de Lisboa a 06 de setembro,
tendo sido adiado várias vezes.
Entre
os passageiros contam-se estudantes e professores timorenses que viajaram do
Brasil, de Cuba, de Israel e do Reino Unido, com escala em Lisboa.
No
voo de domingo vão viajar cerca de 50 docentes e acompanhantes da Escola
Portuguesa de Díli (EPD), onde arrancou hoje o ano letivo com os alunos do
pré-escolar, com os restantes níveis a começar na próxima semana.
Com
medidas de segurança sanitária reforçada, incluindo o uso obrigatório de
máscara, a EPD vai usar as primeiras semanas para consolidação do trabalho
educativo, antes do regresso do total de professores, assim que completarem a
quarentena.
A
ligação Lisboa–Dili, no domingo, vai realizar-se num avião Boeing B767 da
euroAtlantic, de 246 lugares, com escala técnica no Dubai.
O
voo Dili-Lisboa está programado para 22 de Setembro, via Dubai e Singapura,
estando já vendidos 46 lugares.
Para
poderem viajar nos dois sentidos, os passageiros têm de apresentar testes
negativos à COVID-19 e, no caso de Timor-Leste, têm que cumprir uma quarentena
de 14 dias e obter um novo teste negativo à doença, antes de poderem sair.
Timor-Leste
tem atualmente um caso ativo da COVID-19, com 26 doentes recuperados e está no
quinto período do estado de emergência, que termina no início de outubro. Agência
Lusa
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