Um painel dedicado ao papel de Macau como plataforma
entre a China e países de língua portuguesa esteve em destaque na edição deste
ano do “Ceará Global”, evento focado na internacionalização da economia do
estado brasileiro
As
oportunidades que Macau oferece ao Ceará e às empresas desse estado brasileiro
dominaram o debate inaugural do “Ceará Global”, iniciativa que decorreu online.
“Macau: plataforma entre China e países de língua portuguesa” foi o tema do
painel que reuniu António Lei, director do Departamento de Promoção Económica e
Comercial com os Mercados Lusófonos do Instituto de Promoção do Comércio e do
Investimento de Macau (IPIM), e André Siqueira, presidente do Sindicato das
Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado do Ceará
(Sindialimentos), num debate mediado por Roseane Medeiros, secretária executiva
da Indústria da Secretaria de Desenvolvimento Económico e Trabalho do Ceará
(Sedet).
Num
artigo sobre o evento, publicado na sua página electrónica, a Federação das
Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), uma das entidades organizadoras do “Ceará
Global”, salienta que o potencial de Macau como “importante polo de conexão”
entre os países lusófonos e a China tem sido cada vez mais reconhecido pelas
empresas cearenses, que já participaram na Feira Internacional de Macau e na
Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX). “Eu
vejo muitas oportunidades para o Ceará e as nossas empresas nessa aproximação
com Macau”, afirmou o responsável do Sindialimentos.
Por
sua vez, António Lei garantiu que Macau é hoje uma das áreas mais promissoras
para fazer negócios na China e oferece benefícios fiscais e jurídicos para
empresas lusófonas. O responsável do IPIM defendeu ainda que as oportunidades
de negócios poderão ser potencializadas com a criação da zona da Grande Baía.
Relativamente
à cooperação com o mundo lusófono, André Siqueira recordou que Macau possui uma
plataforma digital que permite a qualquer industrial colocar os seus produtos
numa vitrine virtual e aceder a mercados que não estavam no “radar”, como
Moçambique e Angola, por exemplo.
O
painel abordou ainda a questão da burocracia e dos impostos no mercado
internacional. “Macau é reconhecido pela Organização Mundial do Comércio como
um dos melhores ambientes no mundo para comércio e investimentos. A
simplicidade do sistema tributário e a ausência de burocracia para investidores
são factores que motivam esse título”, refere o site do FIEC. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau
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