“Que mar se vê afinal da minha língua?” é o nome da exposição organizada pela BABEL e que vai ser inaugurada no dia 12 de Abril, na Casa Garden. A mostra, que junta cerca de 50 obras de artistas de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Macau, Timor-Leste e Goa, pretende estimular a discussão sobre conceitos como memória, história, identidade e liberdade. Margarida Saraiva, a curadora, disse ao Ponto Final que as obras representam um panorama das principais preocupações dos artistas nos mundos de expressão portuguesa hoje em dia
Memória,
história, identidade e liberdade são alguns dos conceitos que vão ser
explorados na exposição “Que mar se vê afinal da minha língua?”, que é
inaugurada no dia 12 de Abril, na Casa Garden, ficando disponível até 12 de
Maio.
Esta
exposição, organizada pela BABEL e co-organizada pela REDE de Residências dos
Mundos de Expressão Portuguesa, a central-periférica e Delegação de Macau da
Fundação Oriente, irá marcar o início das comemorações dos 50 anos do 25 de
Abril em Macau.
A
mostra vai juntar cerca de 50 obras de artistas de Portugal, Brasil, Angola,
Moçambique, Macau, Timor-Leste e Goa. Alguns dos artistas que vão expor na Casa
Garden são: Aline Motta, Ana Battaglia Abreu, Ana Jacinto Nunes e Carlos Morais
José, Bianca Lei, Catarina Simão, Cecília Jorge, Eliana N’Zualo, Eric Fok,
Filipa César e Sónia Vaz Borges, José Aurélio, José Drummond, José Maçãs de
Carvalho, Konstantin Bessmertny, Luigi Acquisto e Bety Reis, Mónica de Miranda,
Nuno Cera, Peng Yun, Rui Rasquinho, Sofia Yala, Subodh Kerkar, Thierry
Ferreira, Tiago Sant’Ana, Wong Weng Io. Serão apresentadas obras em diferentes
disciplinas, da fotografia à poesia, passando pelo vídeo, cinema, pintura,
escultura e novos media.
“Que
mar se vê afinal da minha língua?” já foi mostrada em Alcobaça, Portugal, entre
Dezembro do ano passado e Março deste ano. Depois da passagem por Macau, a
mostra segue para Fortaleza, Mindelo, Luanda e Maputo.
Em
comunicado, a organização explicava que a exposição “propõe uma reflexão sobre
questões essenciais como memória, história, identidade e liberdade, num
contexto pós-colonial e globalizado”. “O objectivo não é apenas olhar para o
passado, mas também para o futuro: o que será do espaço de expressão portuguesa
daqui a dois ou três séculos? Como será a liberdade num mundo controlado por
algoritmos e obcecado com a vigilância no espaço privado, público e digital?”,
interroga a nota de imprensa.
Um panorama das preocupações dos artistas
Ao
Ponto Final, Margarida Saraiva, a curadora da exposição, comentou que são as
próprias obras – e o facto de estarem juntas nesta exposição – que permitem
questionar, então, temas como memória, identidade e liberdade. “As obras, em
conjunto, oferecem-nos um panorama daquilo que são as principais preocupações
dos artistas nos mundos de expressão portuguesa hoje em dia”, afirmou. Neste
contexto, há abordagens mais críticas, outras mais nostálgicas e outras ainda
que olham para o futuro.
Nesta
exposição, o termo “lusofonia” fica excluído: “Não queríamos que este projecto
tivesse nenhuma conotação, nem política, nem ideológica e nem sequer económica
e, portanto, consideramos que não existe um som luso. Existem muitos sons lusos
que se expressam de várias formas”.
Em
colaboração com as curadoras Ângela Berlinde e Gisela Casimiro, foi sendo feita
uma pesquisa de artistas que pudessem contribuir para o debate proposto por
esta exposição. Foi uma selecção que arrancou de um “trabalho colectivo de
diálogo”, assinalou Margarida Saraiva. André Vinagre – Macau in “Ponto
Final”
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