O 1.º Encontro de Delegações da Fundação Oriente (FO), que se realiza em Macau por ocasião do 25 de Abril, é uma “primeira aproximação” entre as representações e “uma rampa de lançamento” para maior intercâmbio
“Tivemos
aqui uma ideia de aproximação, uma primeira aproximação, não só para trocar
experiências entre nós, delegados (…) mas isto foi uma coisa que nasceu (…) do
interesse que temos em aprender com aquilo que se faz de melhor em cada um
desses sítios”, disse à Lusa a delegada da Fundação Oriente em Macau, Catarina
Cottinelli.
A
decorrer entre 24 e 29 de Abril, esta primeira edição junta apenas Macau e Goa,
estando a delegação de Timor-Leste ausente devido a compromissos.
Nadia
Rebelo, Franz Schubert Cotta e Omar de Loiola Pereira, três músicos de Goa,
sobem ao palco, na Casa Garden, Macau (27 de Abril), e no Clube Lusitano, em
Hong Kong (28 de Abril), para dois concertos que incluem temas de fado e de
mandó, género musical goês.
Está
prevista ainda uma conferência sobre o trabalho da Fundação Oriente na Índia,
com incidência na recuperação de património cristão no estado indiano de Goa e
no apoio e promoção do ensino de português. “A fundação aqui também tem o papel
não só dessa manutenção do património, dessas ligações a Portugal, mas também
tudo o que seja o incremento dos laços entre Portugal e Índia, mais
concretamente em Goa. E, além dessa recuperação, também temos vindo
pontualmente a suportar ou apoiar o governo de Goa na recuperação de algum
património hindu”, disse à Lusa o delegado da FO Goa, Paulo Gomes.
O
encontro na região chinesa, onde Catarina Cottinelli diz esperar elevar a
cumplicidade entre as representações, é também uma oportunidade para dar a
conhecer as comunidades com quem trabalham e até “a própria estratégia” para as
respetivas regiões, “que é um pouco diferente” e adaptada “a cada contexto”. “A
fundação [em Macau], hoje em dia, tem um papel mais na vertente cultural, do
intercâmbio cultural, de promover as atividades que fazemos aqui, promover
justamente uma relação maior com a cultura chinesa e portuguesa, e, neste caso,
a cultura de Macau”, explicou.
Cottinelli
já pensa em encontros futuros, na Índia e em Timor-Leste, e assegura que as
ideias existem, nomeadamente a realização de residências artísticas. “Por que
não trazermos artistas de Goa e vice-versa”, sugeriu, avançando ainda a
possibilidade de levar artistas de Macau que queiram fazer investigação em Goa.
Já Paulo Gomes admite que este primeiro evento pode ser uma “rampa de
lançamento” para a realização de “duas ou três atividades anuais que envolvam
as três delegações”.
A
Fundação Oriente nasceu em 18 de março de 1988 como uma das contrapartidas
impostas pela então administração portuguesa em Macau à concessão em regime de
exclusividade da exploração do jogo no território. Desenvolve acções culturais,
educativas, artísticas, científicas, sociais e filantrópicas, com vista à
valorização e à continuidade das relações históricas e culturais entre Portugal
e o Oriente. Após a abertura da delegação da FO em Macau, em 1988, seguiu-se
Goa, em 1995, e Timor-Leste, em 2002. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”
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