Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 19 de abril de 2024

França - Três filmes portugueses estreiam-se na quinzena de cineastas em Cannes

Três filmes portugueses, de Inês Lima, Paulo Carneiro e Frederico Lobo, vão ser exibidos em Maio na Quinzena de Cineastas, um programa paralelo ao Festival de Cinema de Cannes, em França, foi agora anunciado.


A Quinzena de Cineastas, criada em 1969, é um programa independente não competitivo, que decorre em paralelo ao Festival de Cannes e é organizado pela Sociedade de Realizadoras e Realizadores de Cinema.

Da programação anunciada fazem parte duas obras que retratam o território transmontano: a longa-metragem “A Savana e a Montanha”, de Paulo Carneiro, e a curta-metragem “Quando a terra foge”, de Frederico Lobo.

“A Savana e a Montanha” foi rodado em Covas do Barroso, no município de Boticas, e acompanha a luta dos habitantes contra a possibilidade de exploração das minas de lítio.

O projecto, atribuído à empresa britânica Savannah Resources, é para uma região reconhecida pela Organização das Nações Unidas “como o único Sistema do Património Agrícola de Importância Mundial em Portugal (e um dos poucos na Europa)” e a população local não está disposta a ser compensada financeiramente pelos impactos negativos da exploração de lítio, refere a agência Portugal Film, que vai distribuir o filme internacionalmente.

Em entrevista à agência Lusa em Janeiro passado, Paulo Carneiro descreveu este filme, que tem co-produção com o Uruguai, como um “western social”, rodado na mesma região onde já tinha feito antes o filme de pendor biográfico “Bostofrio, où le ciel rejoint la terre” (2018).

“Quando a terra foge”, de Frederico Lobo, foi filmado integralmente na raia transmontana e tem co-produção entre a Terratreme Filmes e a Rua Escura.

“Entre o nevoeiro, num pleno labirinto do tempo, onde máquinas sondam as profundezas geológicas da montanha, um pastor vai em busca de uma vaca tresmalhada e a infância encontra o seu regresso. A serra transforma-se, o ciclo continua”, refere a sinopse.

Com a Terratreme, Frederico Lobo co-assinou os filmes “Bab Sebta” (2008), com Pedro Pinho, e “Revolução Industrial” (2014), com Tiago Hespanha.

A estes dois filmes junta-se ainda, na Quinzena de Cineastas, a curta-metragem “O jardim em movimento”, da realizadora e artista visual Inês Lima.

A realizadora fez este filme com duas guias botânicas que conduzem um grupo de caminhantes pelo Parque Natural da Arrábida, na península de Setúbal. “Neste passeio entre várias espécies da fauna e flora, entendemos que este lugar particular está a sofrer uma mutação, não por causas naturais, mas pela mão humana”, lê-se na sinopse divulgada pela Agência da Curta-Metragem.

Numa co-produção com Portugal apresentar-se-á também o filme “Algo viejo, algo nuevo, algo prestado”, do realizador argentino Hermán Rosselli.

O filme, um híbrido entre documentário e ficção, retrato de uma família e do mundo do jogo clandestino, conta com a participação da Oublaum Filmes, de Ico Costa, presente pela primeira vez no festival de Cannes, refere a produtora portuguesa em nota de imprensa. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”


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