“Janelas da vida” é a mais recente obra literária de Mauro Campos “Kiese”, da província de Malanje, apresentada, sábado, na Biblioteca Comunitária de Benguela “Onjango Literário”, no Museu Nacional de Arqueologia
Trata-se
de uma narrativa de 84 páginas, com temas sociais sobre a violência doméstica,
abuso sexual a menores e depressão. Mauro Campos "Kiese”, que reside em
Luanda, enalteceu a forma como a obra foi recebida pelos benguelenses.
A
apresentação do livro contou com a presença da classe literária local,
representantes da União dos Artistas e Compositores de Angola (UNACA),
académicos, docentes e população em geral.
A
obra, explicou o autor, é do género narrativa e subgénero conto, que procuramos
abordar vários assuntos da sociedade, entre os quais o paradigma de fazer o bem
sem olhar a quem e promover um debate respeitoso sobre a ciência e a religião,
suicídio e outros temas de grande relevância para a sociedade.
Segundo
Mauro Campos "Kiese”, a intenção da obra é provocar ao leitor perguntas
pertinentes que consigam mover os seus sentimentos mais profundos.
O
autor reforçou que a obra traz vivências sociais e a intenção é fazer com que o
leitor consiga reflectir sobre diversos assuntos dentro da esfera social,
principalmente os voltados para uma reflexão interior dos problemas que levem à
construção de uma sociedade mais solidária.
Para
Mauro Campos "Kiese”, é possível, actualmente, transformar a consciência
das pessoas por meio de um livro. Este é o segundo livro do autor.
"Através
deste livro procuramos não trazer todas as respostas a determinadas perguntas,
mas, sim, proporcionar novas maneiras dos jovens encontrar por si mesmas
respostas às indagações e reflectir acerca da sua própria existência e daquilo
que o rodeia.
"O
livro tem um pouco das nossas vivências e daquilo que apreciamos ou deixamos de
apreciar”, explicou, tendo negado ser uma obra autobiográfica, na medida em que
relata diversas narrativas não só do autor, como também do próprio leitor, que
pode encontrar um pouco de si na obra.
O
autor mostrou-se satisfeito com a forma como decorreu a cerimónia de lançamento
e venda da obra em Benguela, que contou com a apresentação da escritora Marta
Lopes.
"Atingimos
as expectativas, conseguimos cumprir com a missão que nos trouxe a Benguela e
saímos daqui com grande satisfação pelos resultados obtidos com o lançamento da
obra literária. Vendemos e autografámos a obra para muitos jovens na província
de Benguela”, destacou.
A
cerimónia de lançamento e apresentação da obra decorreu no pátio do Museu
Nacional de Arqueologia, junto à Praia Morena, na cidade das Acácias Rubras.
"A
obra foi lançada pela primeira vez na província de Benguela e a nossa maior
expectativa, entre todas outras, era de o livro ser bem-recebido em Benguela,
do mesmo jeito que aconteceu nas províncias de Luanda e Malanje. E foi o que
aqui aconteceu”, enalteceu.
Kiese
reafirmou que o principal objectivo da obra é o de transmitir a mudança de
mentalidades voltadas para o bem-estar de todos e propor um momento de reflexão
em torno daquilo que são os fenómenos que ocorrem na sociedade.
Enaltecido lançamento
O
delegado provincial da Brigada Jovem de Literatura em Benguela, Elias
Ukuahamba, enalteceu o lançamento da obra, que é mais uma oportunidade de se
poder deliciar ao pormenor e viajar nas entrelinhas dos escritos do autor.
"O
autor convida-nos para uma reflexão fenomenal à volta da violência e outras
‘pandemias’ sociais”, afirmou, acrescentando que o evolucionismo literário de
anónimos escritores deve ser acompanhado pelo crivo nacional de literatura,
promovendo sessões formativas na área da escrita criativa e disponibilizar
acervos literários para que os jovens se potencializem e sigam com segurança
"as pedaladas dos cânones em literatura”.
Elias
Ukuahamba mostrou-se satisfeito com o evolucionismo literário, pois Benguela
tem estado a receber diversos e bons escritores da nova vaga que fazem a
apresentação das suas obras voltadas, sobretudo, aos fenómenos sociais.
O
delegado provincial da Brigada Jovem de Literatura Angolana em Benguela, Elias
Ukuahamba, referiu, também, a pertinência que os autores das obras fazem na
valorização da cultura e da língua. In “Jornal de Angola” - Angola
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