A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) afirmou que as demolições, ocorridas na semana passada em Díli, não reflectem os valores democráticos e têm consequências graves para mulheres e crianças.
Durante
a sua intervenção na sessão plenária, a deputada da Fretilin, Marquita Soares,
disse que a actuação do Governo foi “desorganizada e não seguiu os
procedimentos”. “Eu testemunhei diretamente a actuação da equipa da Secretaria
de Estado dos Assuntos da Toponímia e da Organização Urbana [SEATOU] e vi que
ação não só expulsou pessoas que ocupavam terras do Estado, mas também as que
moravam naqueles locais desde 1980 e 1981”, afirmou Marquita Soares.
A
deputada alertou também que a actuação do Governo tem “graves consequências
para as mulheres e crianças”, “não reflete os valores de um Estado democrático”
e não seguiu os procedimentos correctos, além de violar as regras da
propriedade. “As pessoas afetadas enfrentam graves consequências, com a perda
de habitação e trabalho, passando a enfrentar uma situação difícil. As crianças
vão faltar à escola e pior aquelas acções criam uma forte pressão psicológica e
trauma nas pessoas afectadas”, disse a deputada.
A
Fretilin pediu aos ministérios relevantes para criarem condições mínimas antes
de retirarem as pessoas, especialmente mulheres, crianças, idosos e pessoas com
necessidades especiais.
O
Governo de Timor-Leste iniciou a semana passada uma “limpeza” em vários bairros
de Díli para acabar com o comércio não autorizado no espaço público e
habitações construídas ilegalmente, levando comerciantes ao desespero por ser o
seu único meio de sobrevivência e despejando centenas de pessoas. In “Ponto
Final” - Macau
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