As turbinas eólicas verticais podem produzir mais eletricidade se forem optimizadas com ajustes desenvolvidos por investigadores suíços
Por
serem mais silenciosas, exigirem menos espaço e serem menos perigosas para as aves,
estas turbinas eólicas verticais podem competir com os modelos convencionais a
longo prazo, anunciou o Fundo Nacional de Pesquisa da Suíça na semana passada.
As
turbinas eólicas verticais já existem há algum tempo. No entanto, o seu
desenvolvimento tem enfrentado desafios em termos de física, de acordo com o
órgão científico suíço. Como o seu eixo de rotação é perpendicular ao vento, o
ângulo entre o vento e as pás do rotor muda constantemente. Assim que o vento
atinge uma determinada velocidade, ocorre um fenómeno conhecido como “estol
dinâmico”, resultando em redemoinhos de ar e turbulência.
Num
estudo publicado na revista Nature Communications, uma equipa de
pesquisa da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), liderada por Karen
Mulleners, demonstrou agora uma solução para esse problema: eles instalaram um
dispositivo que permite que os rotores mudem a sua inclinação.
“Um
navio precisa de uma tripulação para ajustar as velas a fim de manter o curso”,
explicou Sébastien Le Fouest, primeiro autor do estudo, no comunicado à
imprensa. “Se equipar as lâminas do rotor das turbinas eólicas com pequenos
motores, você efetivamente fornece a elas um capitão para que elas também
possam adaptar-se às condições.”
Eficiência multiplicada
Os
investigadores construíram uma turbina em miniatura com uma única pá de rotor.
Eles equiparam a turbina com sensores para medir a energia gerada no canal de
fluxo. Isso permitiu que eles determinassem a força com que as pás do rotor
deveriam se adaptar.
Dessa
forma, os investigadores aumentaram em três vezes a eficiência da sua turbina
eólica vertical em laboratório.
“Os
nossos dados mostram que é muito provável que a vida útil e a eficiência das
turbinas eólicas tradicionais possam ser igualadas ou até mesmo superadas”, diz
Fouest. Isso agora deve ser analisado em outros projetos da pesquisa.
Uma
colaboração com uma empresa suíça já foi iniciada para testar os resultados num
protótipo industrial, de acordo com o Fundo Nacional de Pesquisa Científica. In “Swissinfo”
- Suíça
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