Um biomédico brasileiro está a liderar uma investigação que muda radicalmente a forma de combater as células de cancro
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
Brasil – Biomédico lidera pesquisa que muda radicalmente a forma de combater as células de cancro
Brasil - Cooperação tecnológica com a China precisa de aposta em línguas
Um dirigente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) assumiu ontem que a cooperação tecnológica com a China “é fundamental” para o Brasil, mas que é necessário reforçar o estudo das línguas portuguesa e chinesa
“Temos muito interesse em aumentar as relações tecnológicas com a China e para isso nós precisamos de uma comunicação mais efetiva”, disse o vice-reitor para a Graduação da Unicamp, Ivan Felizardo Contrera Toro, à Lusa, à margem do 3.º Fórum dos reitores das instituições do ensino superior da China e dos países de língua portuguesa, que se realizou em Macau.
Apesar da Unicamp, no sudeste brasileiro, oferecer cursos de língua chinesa e receber alunos da China para programas de português, “há muito que melhorar, que acrescentar e expandir essa relação”, notou o responsável.
Dos 20 mil alunos de graduação e 16 mil de estudos pós-graduados da Universidade Estadual de Campinas, “muito poucos” têm a possibilidade de ir para a China, acrescentou, salientando que também “muito poucos alunos chineses vão para o Brasil”. É este intercâmbio de estudantes e professores, em áreas como “línguas, educação e tecnologia”, que o memorando de entendimento, agora assinado entre a universidade brasileira e a Universidade da Cidade de Macau, pretende reforçar. “Ainda temos algumas etapas legais a fazer, mas será de extrema importância para a minha universidade e espero também que para o intercâmbio entre a língua portuguesa e chinesa no Brasil e na China”, referiu.
No que diz respeito à cooperação na área da tecnologia, o dirigente afirmou que tem sido feito trabalho nas áreas da Indústria Química, Informática, “principalmente Inteligência Artificial”. Mas Toro, que é cirurgião torácico, disse acreditar que na área médica, onde ainda não há trabalho conjunto, há “um futuro muito grande a percorrer”, seja “no trabalho com robôs de ajuda médica, que a China está desenvolvendo”, ou na conceção de medicação. “A China é um país que tem um desenvolvimento extremamente importante, mas principalmente nós podemos caminhar muito no desenvolvimento sustentável, numa cultura de relações que levem à paz. O Brasil e a China têm um papel muito grande e esse papel tem que ser iniciado pelas universidades”, disse, salientando que o trabalho de Brasília com Pequim no setor tecnológico “é fundamental”.
O vice-reitor da Unicamp afirmou ainda que Macau desempenha “um papel enorme” na aproximação entre Brasil e China, sendo a organização de eventos como este Fórum “extremamente importante” para a universidade. “A oportunidade de existir um pedaço da China que tenha a língua portuguesa como uma das línguas principais é fundamental e vai ser de grande valia para nós”, disse aos jornalistas.
Pequim estabeleceu em 2003 Macau como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa e, nesse mesmo ano, criou o Fórum de Macau. Além da China, o organismo integra nove países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”
Venezuela - Parlamento cria grupos de amizade com Portugal e Guiné-Bissau
A Assembleia Nacional da Venezuela anunciou a criação de grupos parlamentares de amizade com seis países, incluindo Portugal e Guiné-Bissau. O parlamento venezuelano estabeleceu grupos de ligação ao Egipto, Senegal, Jordânia e Cazaquistão, todos presididos por deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), no poder, indicou em comunicado.
Os grupos vão trabalhar para fortalecer e consolidar as relações “diplomáticas e cooperativas” com aquelas nações, referiu a Assembleia. O parlamento já estabeleceu grupos de amizade com Nepal, Quirguistão, Iraque, Bahrein, Azerbaijão, Laos, Líbano, Timor-Leste, Quénia, Gâmbia, Malásia e a União Africana.
A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais a 28 de julho, com o Conselho Nacional Eleitoral a atribuir a vitória ao atual Presidente do país, Nicólas Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.
A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.
Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.
O regime de Caracas disse estar em curso um golpe de Estado, mantendo nas ruas milhares de polícias e militares para controlar os manifestantes, e pediu à população que, de maneira anónima e através da aplicação VenAPP, denuncie quem promove os protestos.
A organização não-governamental venezuelana Foro Penal (FP) indicou que 1953 pessoas estão detidas por motivos políticos na Venezuela, o maior número registado no século XXI. Entre os detidos, 1711 são homens, 242 mulheres, 69 adolescentes, incluindo 1792 civis e 161 militares, acrescentou. In “Ponto Final” - Macau
Moçambique – Cidade de Maputo já se prepara para “sete dias difíceis”
Num movimento de uma manhã atípica, Edgar Chaúque tenta comprar o máximo de alimentos que pode para enfrentar os “sete dias difíceis” que se esperam em Moçambique com a previsão de novas manifestações contra os resultados eleitorais.