O Instituto Cultural assegura que ainda este ano ficam prontos o planeamento e o conceito arquitectónico do Museu do Património Mundial, anunciado no final do ano passado pelo Governo. Este espaço, recorde-se, vai ficar junto das Ruínas de São Paulo
Os trabalhos preparatórios para a construção do Museu do Património Mundial de Macau estão a ser “activamente” promovidos, com o Instituto Cultural (IC) a prever a conclusão do planeamento e do conceito arquitectónico do museu ainda durante este ano de 2024. A informação surgiu em resposta a uma interpelação de Zheng Anting, sobre o reforço da utilização dos recursos dos museus do território.
“Para o museu, aproveitar-se-ão a interacção multimédia, a interacção com sensores de movimento, a simulação de cenários e mapas tridimensionais, entre outras tecnologias digitais, para mostrar de forma abrangente e vívida o valor universal importante do Centro Histórico de Macau e enriquecer a experiência de visita do público”, enumerou o presidente substituto, Cheang Kai Meng.
Foi em Dezembro do ano passado que o Governo anunciou que irá construir, na Rua de D. Belchior Carneiro, junto às Ruínas de São Paulo, um museu focado na protecção, exibição e promoção do Património Mundial de Macau. Na altura, o IC disse que o espaço, que terá três pisos e meio, adoptará um design que permite respeitar a altura das Ruínas.
Ocupando uma área total de 7600 metros quadrados, o espaço disporá de um passadiço no telhado, pelo qual se poderá subir até à plataforma mais elevada, onde será criado um jardim. Segundo foi dito, o objectivo é reforçar a ligação e conexão entre as Ruínas de São Paulo, a Fortaleza do Monte e os Vestígios Arqueológicos do Fosso. Foi dito também que só quando houver um plano para a realização de obra é que serão conhecidos o orçamento e o prazo da empreitada.
Na resposta a Zheng Anting, o presidente substituto do IC disse ainda que o Governo “tem dado grande importância” à promoção e à divulgação da cultura, “desenvolvendo, de forma contínua, a função educativa dos museus nos bairros comunitários a vários níveis, promovendo a construção da cultura inteligente através da promoção da transformação digital dos recursos históricos e culturais, inovando as experiências culturais e turísticas dos residentes e visitantes e desenvolvendo o papel da ‘cultura +’”.
Quanto ao turismo comunitário, a Direcção dos Serviços de Turismo tem vindo a incentivar as associações locais a aproveitarem os diversos recursos turísticos para desenvolverem actividades diversificadas, pode ler-se. Este ano, por exemplo, duas das actividades financiadas pelo Programa de Apoio Financeiro para o Turismo Comunitário “Viajar por Macau” foram realizadas em locais museológicos.
Além disso, o IC “tem vindo a introduzir, ainda, actividades culturais e artísticas caracterizadas em diferentes locais classificados do Património Mundial”. A título de exemplo, o organismo falou na realização de actividades festivas na Fortaleza do Monte em conjunto com as operadoras de jogo, e o prolongamento do horário de funcionamento do Museu de Macau durante o período dessas actividades, “no sentido de atrair a visita de muito mais residentes e visitantes enriquecendo a sua experiência de visita”. Catarina Pereira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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