Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Macau - Competição 929 Challenge atraiu mais de 300 equipas chinesas e lusófonas

A quarta edição da 929 Challenge em Macau atraiu mais de 300 equipas e ’startups’ chinesas e dos países de língua portuguesa, disse à Lusa um dos organizadores da competição de empreendedorismo


Marco Duarte Rizzolio, cofundador da 929 Challenge, sublinhou que 45% dos inscritos vêm de mercados lusófonos, um aumento em comparação com edições anteriores, que registaram um maior domínio das equipas chinesas.

O também professor da Universidade Cidade de Macau destacou “uma participação muito maior” do Brasil e de Portugal, de onde vêm 30 equipas, mas lamentou que não tenha havido projectos de Timor-Leste ou de São Tomé e Príncipe.

A edição de 2023 tinha atraído cerca de 1500 participantes em mais de 280 equipas de todos os nove países lusófonos e da China. Rizzolio admitiu que o aumento do número de inscritos surpreendeu os organizadores, mas sublinhou que o objetivo final “não é a quantidade, mas sim projectos com qualidade que sejam depois aplicados comercialmente”.

As mais de 300 equipas começam na segunda-feira um ‘bootcamp’ ‘online’, todos os dias, das 19:00 às 21:00 em Macau, “para apanhar todos os fusos horários”, explicou o académico.

Durante duas semanas, até 11 de Outubro, as equipas terão uma série de palestras, sessões de mentoria e workshops para criar planos de negócio sustentáveis. “Damos a conhecer às ‘startups’ chinesas a realidade e o ambiente de negócios dos países de língua portuguesa, que são muito diferentes”, disse Rizzolio.

Para as equipas lusófonas, a meta é criar planos de negócios a pensar na Grande Baía Guangdong - Hong-Kong - Macau, acrescentou o organizador.

Os melhores 16 planos – oito de empresas e oito de universitários – terão 10 minutos para convencer o júri da 929 Challenge e potenciais investidores na final, em 9 de Novembro.

A quarta edição registou uma subida dos prémios monetários para os três melhores: 300 mil patacas e quatro mil dólares em serviços e ferramentas da gigante tecnológica chinesa Alibaba. De seguida, haverá um programa de apoio às empresas que se queiram estabelecer em Macau e na Grande Baía, que inclui, durante duas semanas, visitas a incubadoras e encontros com fundos de capital de risco.

Este ano, pela primeira vez, haverá ainda um programa de ‘soft landing’ (aterragem leve), com um máximo de três meses, para projectos que queiram abrir um negócio em Macau.

Para as ‘startups’ que precisem de capital, a competição tem acordos com possíveis investidores, incluindo a Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do grupo estatal Banco Português de Fomento.

O concurso é coorganizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e por várias instituições da região administrativa especial chinesa, incluindo todas as universidades. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”


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