A quarta edição da 929 Challenge em Macau atraiu mais de 300 equipas e ’startups’ chinesas e dos países de língua portuguesa, disse à Lusa um dos organizadores da competição de empreendedorismo
Marco
Duarte Rizzolio, cofundador da 929 Challenge, sublinhou que 45% dos inscritos
vêm de mercados lusófonos, um aumento em comparação com edições anteriores, que
registaram um maior domínio das equipas chinesas.
O
também professor da Universidade Cidade de Macau destacou “uma participação
muito maior” do Brasil e de Portugal, de onde vêm 30 equipas, mas lamentou que
não tenha havido projectos de Timor-Leste ou de São Tomé e Príncipe.
A
edição de 2023 tinha atraído cerca de 1500 participantes em mais de 280 equipas
de todos os nove países lusófonos e da China. Rizzolio admitiu que o aumento do
número de inscritos surpreendeu os organizadores, mas sublinhou que o objetivo
final “não é a quantidade, mas sim projectos com qualidade que sejam depois
aplicados comercialmente”.
As
mais de 300 equipas começam na segunda-feira um ‘bootcamp’ ‘online’,
todos os dias, das 19:00 às 21:00 em Macau, “para apanhar todos os fusos
horários”, explicou o académico.
Durante
duas semanas, até 11 de Outubro, as equipas terão uma série de palestras,
sessões de mentoria e workshops para criar planos de negócio
sustentáveis. “Damos a conhecer às ‘startups’ chinesas a realidade e o
ambiente de negócios dos países de língua portuguesa, que são muito
diferentes”, disse Rizzolio.
Para
as equipas lusófonas, a meta é criar planos de negócios a pensar na Grande Baía
Guangdong - Hong-Kong - Macau, acrescentou o organizador.
Os
melhores 16 planos – oito de empresas e oito de universitários – terão 10
minutos para convencer o júri da 929 Challenge e potenciais investidores na
final, em 9 de Novembro.
A
quarta edição registou uma subida dos prémios monetários para os três melhores:
300 mil patacas e quatro mil dólares em serviços e ferramentas da gigante
tecnológica chinesa Alibaba. De seguida, haverá um programa de apoio às
empresas que se queiram estabelecer em Macau e na Grande Baía, que inclui,
durante duas semanas, visitas a incubadoras e encontros com fundos de capital
de risco.
Este
ano, pela primeira vez, haverá ainda um programa de ‘soft landing’
(aterragem leve), com um máximo de três meses, para projectos que queiram abrir
um negócio em Macau.
Para
as ‘startups’ que precisem de capital, a competição tem acordos com
possíveis investidores, incluindo a Portugal Ventures, sociedade de capital de
risco do grupo estatal Banco Português de Fomento.
O
concurso é coorganizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial
entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e por várias
instituições da região administrativa especial chinesa, incluindo todas as
universidades. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”
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