Timor-Leste e o Brunei analisaram uma eventual parceria estratégica no Greater Sunrise no âmbito de uma visita que o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira, está a realizar ao sultanato, disse o Governo timorense.
Agio
Pereira, nomeado no passado mês de maio interlocutor nas discussões sobre o
Greater Sunrise, iniciou no domingo, e até esta quinta-feira, uma visita ao
Brunei Darussalam para “explorar novas oportunidades de colaboração,
especialmente nas áreas da energia e economia”, referiu o Governo timorense
numa publicação na página oficial.
Num
encontro, com o sultão do Brunei, Yang Di-Pe, o ministro da Presidência do
Conselho de Ministros sublinhou o “avanço do projecto de cooperação no setor
energético, com destaque para o projeto Greater Sunrise, actualmente em fase de
preparação”, indicou o executivo timorense. “Agio Pereira reforçou a
importância da colaboração do Brunei, dado o seu vasto conhecimento e
experiência na exploração e desenvolvimento de indústrias ‘onshore’ e ‘offshore’.
A possibilidade de Brunei participar como parceiro estratégico neste projecto
foi também abordada, dada a sua relevância para o desenvolvimento económico
sustentável de Timor-Leste”, salientou.
O
desenvolvimento do Greater Sunrise é uma prioridade estratégica para
Timor-Leste para desenvolver uma economia sustentável e proporcionar benefícios
sociais e oportunidades ao povo timorense.
Localizado
a 150 quilómetros de Timor-Leste e a 450 quilómetros de Darwin, o projecto
Greater Sunrise tem estado envolto num impasse, com Díli a defender a
construção de um gasoduto para o sul do país e a Woodside, segunda maior
parceira do consórcio, a inclinar-se para uma ligação à unidade já existente em
Darwin.
O
consórcio é constituído pela timorense Timor Gap (56,56%), a operadora Woodside
Energy (33,44%) e a Osaca Gás Australia (10,00%).
O
acordo de fronteira marítima permanente entre Timor-Leste e a Austrália
determina que o Greater Sunrise terá de ser dividido, com 70% das receitas para
Timor-Leste no caso de um gasoduto para o país, ou 80% se o processamento for
em Darwin. Para tentar ultrapassar o impasse, o consórcio de exploração
determinou a realização de um estudo sobre o desenvolvimento daquele campo de
gás, que está a ser feito pela empresa Wood PLC.
O
estudo vai focar-se no desenvolvimento, processamento e comercialização do gás
a partir de Timor-Leste ou da Austrália e avaliar qual opção beneficiará mais o
povo timorense e deverá ser conhecido ainda este ano.
No
âmbito da visita, que incluiu também encontros com vários membros do governo do
Brunei, o ministro tem previsto visitar a Brunei LNG, uma das principais
empresas de gás natural liquefeito do Brunei, e empresas de produção de
fertilizantes e metanol. Os dois países já cooperam nas áreas dos Transportes,
Comunicações, Mobilidade Laboral, Educação e Turismo. In “Ponto
Final” - Macau
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