O festival literário e cultural Letras & Companhia está de volta e esta edição terá como tema a saúde mental. A iniciativa, organizada pelo Instituto Português do Oriente – IPOR, vai decorrer entre os dias 15 de Abril e 7 de Maio
“GentilMente”
é o título da edição deste ano do festival literário e cultural Letras &
Companhia, que regressa entre os dias 15 de Abril e 7 de Maio, e que tem como
tema principal a saúde mental. Esta é a quarta edição desta iniciativa
organizada pelo Instituto Português do Oriente – IPOR, em parceria com o
Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e com o apoio da Fundação
Galaxy Entertainment Group.
Tendo
as crianças e os jovens em idade escolar como destinatários prioritários, este
festival multidisciplinar “procura mobilizar e convocar eficazmente todas as
faixas etárias da comunidade, das escolas e seus actores”.
Assim,
o Letras & Companhia deste ano centra-se no conceito dos “Três L’s” –
língua, livro e leitura. Haverá um programa aberto e outro direccionado às
escolas, com actividades que vão desde a música às artes performativas,
passando pelas oficinas para pais e filhos, sessões de leitura, lançamento de
livros, entre outras.
A
saúde mental é, então, o tema principal da edição deste ano do festival e a
organização explica: “Mais do que um cenário de ausência de problemas, a saúde
mental é entendida como um estado onde o indivíduo está bem o suficiente para
lidar com situações, tão diversas quanto imprevisíveis, do dia-a-dia”. “Afinal,
viver no mundo contemporâneo implica lidar diariamente com as complicações
causadas pelo intenso ritmo da vida e pela aparente fragilidade de algumas
relações, contratempos que podem prejudicar as nossas relações sociais a médio
e longo prazo”, acrescenta o comunicado de imprensa.
A
arte, diz a organização do festival, é uma forma adequada para ajudar a
compreender e comunicar conceitos e emoções. Estudos da Organização Mundial da
Saúde dizem mesmo que ouvir música, dançar, ir ao teatro ou a um museu “pode
trazer benefícios duradouros à saúde emocional, além de gerar impactos
positivos na autoestima”, cita a organização do Letras & Companhia.
Para
a edição deste ano, o IPOR convidou a autora e ilustradora Marina Palácio para
apresentar em Macau dois livros da sua autoria. Durante a sua passagem pelo
território, Marina Palácio irá promover um conjunto de oficinas nas escolas e
uma aberta ao público, assim como uma formação para professores.
Fará
também parte do programa a apresentação do segundo volume da colecção “Contos
do País do Arco-íris”, da autoria de Mário Lúcio, e “Uma Menina Chamada Nuvem”,
livro editado pelo IPOR em português e chinês com ilustrações do próprio autor.
Com base na história do conto, a companhia de dança Raiz di Polon, também de
Cabo Verde, encenou um espectáculo com estreia em Macau. Do mesmo autor e para
celebrar os seus 60 anos, Mário Lúcio realizará também um concerto com um
repertório íntimo e alegre, que reúne as suas composições mais conhecidas e que
retrata o seu percurso de vida.
O
programa contará ainda com a participação de projectos desenvolvidos e
dinamizados por Rita Gonçalves, Sandi Manhão, Andreia Martins e as psicólogas
Bárbara Mota e Goreti Lima, que desenvolverão oficinas de ioga, de
aromaterapia, de gestão de emoções, de arte associada à terapia emocional,
entre outras. À imagem da edição de 2022, este ano será também realizada uma
exposição, intitulada “O que senti durante a pandemia”, que contará com obras
das escolas locais e a participação especial da designer Clara Brito com uma
peça feita para a ocasião.
Ainda
incluído no programa dirigido a escolas e universidades, a companhia de dança
Raiz di Polon irá realizar um conjunto de oficinas de dança e expressão
corporal. As psicólogas Bárbara Mota e Goreti Lima dinamizarão sessões de
gestão de emoções e ioga do riso, e o escritor Mário Lúcio visitará a Escola
Portuguesa de Macau para um encontro com os mais pequenos.
Serão
ainda apresentados dois livros de autores locais: a versão em português do
livro de Christopher Chu e Maggie Hoi intitulado “Macau’s Historical Witnesses”
e a edição de autor infantojuvenil “I Want to be Happy” de Mikel Ko. André
Vinagre – Macau in “Ponto Final”
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