Uma
equipa de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) parte, no sábado, 2 de
outubro, para o Curdistão iraquiano, onde vai realizar uma nova campanha arqueológica
no âmbito do “Projeto Arqueológico de Kani Shaie – KSAP”.
A
equipa do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património
(CEAACP), liderada por Maria da Conceição Lopes e André Tomé, retoma assim os
trabalhos arqueológicos iniciados em 2013 e interrompidos desde 2018.
O
projeto, que conta com vários parceiros internacionais, entre os quais Steve
Renette, da University of British Columbia, no Canadá, e a Direção Geral das
Antiguidades de Sulaimania, tem sido financiado nos últimos anos por
instituições nacionais e americanas. Nos próximos três anos o financiamento é
assegurado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Kani
Shaie é uma pequena colina arqueológica situada no centro de um pequeno vale
que «marca a transição entre a planície de Kirkuk e a cadeia montanhosa de
Zagros. Formada por vários níveis de ocupação humana ao longo de vários
milénios, os trabalhos desta campanha incidirão nos contextos do 5º milénio
a.C., um período que marca o aparecimento de “proto-cidades” em algumas partes
do mundo mesopotâmico e de grande desenvolvimento das redes comerciais de longa
distância que distinguirão o milénio seguinte», explicam os investigadores do
CEAACP.
«É,
aliás, precisamente desse quarto milénio o achado mais significativo encontrado
em Kani Shaie até ao momento: uma pequena tabuinha numérica de argila datada de
3400 a.C., a primeira e única encontrada na região», indicam Maria da Conceição
Lopes e André Tomé.
A
campanha arqueológica que agora se inicia servirá para dar resposta a algumas
questões que exigem resposta imediata e para preparar uma campanha mais
alargada na próxima primavera. Universidade de Coimbra - Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário