Vamos
aprender português, cantando
Eu estava a ler ‘Geração
da Utopia’
imaginando como seria se o
sonho não fosse só teoria.
Acendi uma vela,
me perguntei que diria
Pepetela
será que ele ainda
acredita na dita nação escolhida?
Desisti da leitura para
encher o bidon - água veio!
Não tenho braços pra
cruzar, nem pra abraçar teorias
Luanda é um reino de lata
com brilho de prata
quando chove é fragata,
quando não, se cala
para ouvir o que sobrou do
canto que a Vavó lhe ensinou
Quem foi que desfez tudo
aquilo que nós combinámos?
Quantos anos, diz só,
quantos anos mais
pra sermos todos iguais?
Desisti da leitura para
encher o bidon - água veio!
Não tenho braços pra
cruzar, nem pra abraçar teorias
Luanda é um reino de lata
com brilho de prata
quando chove é fragata,
quando não, se cala
para ouvir o que sobrou do
canto que a Vavó lhe ensinou
Tanto sofrimento, parece
invisível
olhando pra dentro sinto o
impossível
esse reino ainda há-de ir
além do brilho falso e renascer
é tanto talento, resiste a
esperança
para o meu alento esta
gente avança
e na dança o reino brilha
mais
um dia vais nos merecer
Desisti da leitura para
encher o bidon - água veio!
Não tenho braços pra
cruzar, nem pra abraçar teorias
Luanda é um reino de lata
com brilho de prata
quando chove é fragata,
quando não, se cala
para ouvir o que sobrou do
canto que a Vavó lhe ensinou
Luz foi outra vez
Aline Frazão – Angola
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