Dois
em cada três futebolistas profissionais não sabem o que fazer quando terminarem
a carreira, aponta um estudo hoje divulgado pela FIFPro, a associação
representativa da profissão, e realizado pela Universidade de Bruxelas.
Segundo
o trabalho, levado a cabo junto de 282 futebolistas no ativo e já retirados de
33 países diferentes, 67% dos jogadores não tem a certeza do que vai fazer após
‘pendurar as chuteiras’.
Apenas
33% pode garantir ter “confiança” no caminho a seguir, com 49%, dentro dos
incertos, a expressar ter “uma ideia”, ou “alguns interesses”.
O
trabalho foi levado a cabo no âmbito da campanha “Mind the Gap”, que procura
levar sindicatos de jogadores a apoiar o desenvolvimento pessoal dos
futebolistas, e os números mostram que 70% dos inquiridos que revelaram ter
tido ajuda a planear o pós-carreira tiveram-no por estas associações.
Para
o secretário-geral da Fifpro, Jonas Baer-Hoffmann, este estudo deve fazer
“acordar a indústria do futebol” para a realidade de que é preciso “fazer mais
para ajudar jovens, homens e mulheres, para se prepararem para o momento em que
deixam de jogar”.
“Não
é só sobre o seu futuro financeiro, mas também sobre a sua saúde mental e
bem-estar”, acrescentou Baer-Hoffmann, citado em comunicado.
Mais
de um terço dos futebolistas já retirados, 34%, começaram a planear a nova
carreira três anos antes de parar de jogar, com 19% a pensar no assunto desde
que começaram a jogar e 12% após uma lesão grave, com 46% a listarem um fim
inesperado da carreira.
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