O escritor moçambicano Aurélio Furdela prepara-se para o lançamento do seu mais recente romance, intitulado Nas Garras do Conflito, uma obra de ficção histórica que promete transportar o leitor para um dos períodos mais marcantes da história contemporânea de Moçambique: a década de 1980.
De
acordo com o agente literário do autor, Izidro Dimande, o livro oferece “uma
oportunidade de mergulho no manancial de eventos globais e regionais que
moldaram a História de Moçambique durante os anos oitenta”.
A
narrativa de Nas Garras do Conflito está ancorada em investigação
histórica e aborda as interligações entre a Guerra Fria, o regime do apartheid
na África do Sul e os ataques militares que afectaram directamente Moçambique
durante a luta do ANC contra o apartheid.
Segundo
o autor, a obra constitui “um importante contributo para a compreensão das
intersecções entre a política global e regional nesses derradeiros tempos do
apartheid, que marcaram de medo e incerteza a minha própria adolescência, pela
relação belicosa que esse regime votava a Moçambique”.
Depois
do sucesso do seu primeiro romance histórico, Saga d’Ouro, actualmente
na terceira edição e centrado no Império do Mwenemutapa, Aurélio Furdela volta
a explorar a história moçambicana sob uma nova perspectiva. “O romance
moçambicano não deve ficar amarrado tão-somente ao período pré-colonial ou à
colonização portuguesa. É importante diversificar os temas e contextos da nossa
ficção”, defende o escritor.
Licenciado
em História pela Universidade Eduardo Mondlane, Aurélio Furdela é reconhecido
pela sua versatilidade na literatura moçambicana, com obras publicadas nas
áreas de conto, crónica, romance histórico e policial, dramaturgia, guionismo e
composição de letras musicais. O autor é detentor de vários prémios literários
nacionais e internacionais, e tem parte da sua obra traduzida para outros
idiomas.
Com
Nas Garras do Conflito, Furdela consolida a sua posição como um dos
nomes de destaque da literatura moçambicana contemporânea, reafirmando o
compromisso de usar a ficção como ferramenta de reflexão histórica e social. In “Moz
Entretenimento” - Moçambique
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