Automotora foi adquirida por nove mil euros. Os carris que a vão acolher já estão na estação
Um
povo nada é sem a sua história e a sua memória. Que o digam os residentes da
freguesia de Serpins e da Lousã que durante anos viram o concelho servido da
ferrovia, que encurtava a distância até à capital de distrito a muitos
estudantes e trabalhadores.
Volvida
mais de uma centena de anos desde a inauguração da linha Coimbra – Lousã (em
1906) os comboios deixariam de percorrer aqueles carris em 2010, sendo que o
encerramento foi gradual a partir de 2009, com o levantamento de toda a
estrutura ferroviária para dar lugar ao Metro Mondego.
Porém,
o passar do tempo não apaga a memória dos mais antigos, o que levou a Junta de
Freguesia de Serpins a apostar na perpetuação dessa mesma história, a pensar
sobretudo nas atuais e futuras gerações, com a recuperação de uma antiga
automotora que realizou várias viagens naquela linha.
Adquirido
à Comboios de Portugal por nove mil euros, o veículo “366” de 25 metros ainda
está no Entroncamento, porém, enquanto não é feito o desejado transporte para
Serpins, à sua espera, nas imediações da antiga estação ferroviária, já estão
instalados os carris usados outrora (e também adquiridos no Entroncamento) onde
ficará posicionado.
Nada foi deixado ao acaso neste cenário, nem mesmo a pedra (brita) que era a usada no antigo ramal ferroviário, enaltece ao Diário de Coimbra o presidente da Freguesia. A ideia será «deixar um marco da importância do caminho de ferro para a freguesia, para o concelho e para a região», explica Paulo Simões, manifestando o seu desejo de que não só os que realizaram viagens na linha da Lousã possam visitar a “366” mas também os mais jovens que não contactaram com essa realidade. Sónia Morgado – Portugal in “Diário de Coimbra”
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