Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 25 de outubro de 2025

Macau - “PortugalFoods” de olho no mercado online chinês

A “PortugalFoods assinou um acordo com a “Tmall” para ter “uma forte presença portuguesa” numa das maiores plataformas de comércio electrónico da China, revelou a directora executiva da associação do sector agro-alimentar. Deolinda Silva considerou “muitíssimo interessante” o protocolo de cooperação assinado durante a 2ª Exposição Económica e Comercial China–Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX), em Macau.


“O nosso objectivo é começarmos a trabalhar realmente na constituição de – eu não digo uma loja – uma forte presença portuguesa nesta plataforma”, explicou. “Não é fácil, mas eles estão ali prontos para nos ajudar, e nós também já vamos cada vez mais adquirindo mais conhecimento sobre o desafio que nos espera”, admitiu.

A cooperação arrancou com uma apresentação dos produtos de associados da “PortugalFoods” junto de empresas chinesas “das mais variadas categorias”, revelou. A associação trouxe produtos de 12 companhias à C-PLPEX, mas conta com mais de 200 associados entre empresas, entidades do sistema científico e da fileira agro-alimentar e outras actividades conexas.

A apresentação faz parte de uma estratégia da “Tmall” para promover os produtos agro-alimentares portugueses “de uma forma agregada, para se ganhar alguma dimensão”, referiu Deolinda Silva. “O trabalho que tem de ser feito junto destes parceiros chineses é imenso, porque praticamente não existe uma presença de produtos portugueses”, lamentou.

O primeiro contacto com a “Tmall” aconteceu durante a edição de 2024 do “FHC Shanghai Global Food Trade Show”. A “PortugalFoods” voltará a participar nesta feira, entre 12 e 14 de Novembro, para “percepcionar melhor o potencial que existe para criar parcerias” para encontrar futuros compradores, referiu a directora executiva.

A China “é um mercado com um potencial brutal, mas que deve ser trabalhado de forma faseada e por regiões”, disse Silva, apontando o sul da China como prioridade.

Segundo a “PortugalFoods”, as exportações agro-alimentares portuguesas atingiram 10 mil milhões de euros em 2024, um crescimento anual de 8,5%. A associação antecipa novo crescimento em 2025, embora mais modesto.

Empresa de Fafe quer exportar pudins para a China

Por sua vez, uma empresa de Fafe está a investir em robots para conseguir produzir, por ano, um milhão de pudins inspirados no pudim abade de priscos e começar a exportar para a China. O criador do Pudim da TV, Paulo Fernandes, anunciou que, até ao final do ano, a fábrica da empresa no distrito de Braga terá quatro robots a operar, atingindo assim a capacidade para produzir um milhão de pudins por ano.

A unidade fabril, criada há dois anos e meio, já fornece sobremesas a mais de 400 restaurantes em Portugal e exporta para nove países na Europa e América do Sul, disse Fernandes no segundo dia da C-PLPEX, que está a decorrer em simultâneo com a 30ª Feira Internacional de Macau.

Fernandes trouxe o Pudim da TV ao território “acima de tudo para tentar perceber como é que é o palato daqui dos chineses, se o pudim é bem aceite ou se nós temos que fazer alguma afinação ao sabor”.

A empresa, cujo volume de negócios atinge “umas centenas de milhares de euros”, pretende também “arranjar parceiros” para fazer a distribuição do pudim e repetir “o crescimento exponencial” do pastel de nata no estrangeiro.

Paulo Fernandes disse estar a analisar a possibilidade de aderir a um programa do Governo de Macau, que irá entrar em vigor em Novembro, para ajudar empresas estrangeiras a internacionalizar-se a partir da RAEM. O chef revelou que tinha reuniões marcadas com potenciais parceiros. Dependendo do interesse, Macau pode ser a “porta de entrada” do Pudim da TV para mercados como Hong Kong e a China continental. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”


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