O projeto AGEO – Plataforma Atlântica para a Gestão de Risco Geológico, que junta cinco países, incluindo Portugal, recebeu dois prémios para iniciativas financiadas pela União Europeia, nas categorias “Uma Europa Verde” e escolha do público
Segundo
uma nota da representação da Comissão Europeia em Portugal, “o projeto AGEO –
Plataforma Atlântica para a Gestão de Risco Geológico foi escolhido como
vencedor do prémio do público deste ano e na categoria ‘Uma Europa Verde’
decidida pelo júri”.
O
AGEO, projeto transnacional com a participação de Portugal, França, Irlanda,
Espanha e Reino Unido, obteve a maioria dos votos, 1976 no total, sendo
“claramente preferido entre os 25 finalistas dos prémios RegioStars 2025, que
visam distinguir “projetos financiados pela UE que demonstram o impacto e a
inclusão do desenvolvimento regional”.
O
concurso é organizado anualmente pela Comissão Europeia desde 2008, tendo este
ano decorrido na 23.ª Semana Europeia das Regiões e dos Municípios, em
Bruxelas, e um júri composto por peritos de toda a Europa selecionou 25
finalistas aos RegioStars.
O
projeto transnacional AGEO reúne “cientistas, comunidades locais e governos
para fazer face aos riscos geológicos na região atlântica por meio da ciência
cidadã, da observação da Terra e de instrumentos inovadores de gestão dos
riscos”, explica a representação europeia.
Através
de cinco observatórios-piloto de cidadãos na região atlântica, o projeto
“mostrou como se pode capacitar as comunidades locais para participarem em
sistemas de alerta precoce e enfrentarem desafios relacionados com o clima”,
contribuindo “para proteger os cidadãos de eventos de grande impacto e de
vários cenários de risco/perigo”.
De
acordo com o AGEO, o programa Espaço Interreg Atlântico envolve 36 regiões
atlânticas, um orçamento total de 185 milhões de euros, dos quais 140 milhões
do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) e cinco prioridades
temáticas.
Os
cinco projetos-piloto, com base nos quais serão formuladas recomendações, são
os observatórios do cidadão sobre “queda de rochas nas Ilhas Canárias” e “em
Giants Causeway e Carrick-a-Rede, Irlanda do Norte”, “multirriscos em Lisboa,
Portugal”, monitorização da “instabilidade de taludes na Ilha da Madeira” e
“vulnerabilidade aos riscos costeiros na Bretanha, França”.
A
aplicação AGEO, projetada para monitorizar riscos geológicos no espaço
atlântico, destina-se a “melhorar a segurança e a preparação para riscos
geológicos por meio da cooperação com os cidadãos”, que podem relatar
diferentes tipos de riscos, nomeadamente relacionados com deslizamentos, quedas
de rochas, terramotos e inundações.
O
consórcio do projeto integra o Instituto Superior Técnico, da Universidade de
Lisboa (coordenador), Associação Portuguesa de Geólogos, Laboratório Nacional
de Energia e Geologia, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Câmara de
Lisboa, Universidade da Madeira, Instituto Geológico e Mineiro de Espanha,
Universidade da Bretanha Ocidental, Serviço Geológico da Irlanda do Norte,
Colégio Universitário de Dublin, entre outros.
Seis
projetos financiados pela UE receberam os prémios RegioStars 2025 em Bruxelas,
repartidos por cinco categorias temáticas e escolha do público, de entre um
recorde de 266 candidaturas de toda a Europa.
Na
categoria “Uma Europa Competitiva e Inteligente”, foi distinguido o projeto
Mapas de Fertilização baseados em Radar de Satélite (Polónia), enquanto “Uma
Europa Conectada” premiou o ‘Monocab Owl’ – Nova Mobilidade em Trilhos Antigos
(Alemanha), um “sistema de cabine de monotrilho giro-estabilizado”.
Na
temática “Uma Europa Social e Inclusiva”, o prémio foi para Apoio Precoce a
Famílias em Risco (República Checa) e no domínio de “Uma Europa mais Próxima
dos Cidadãos venceu o Centro Feminino Partilhado de Shankill (Irlanda, Reino
Unido).
O
projeto AGEO venceu na categoria “Uma Europa Verde” e na escolha do público,
com cerca de 2000 votos. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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