O "concerto manifesto" contou com a participação de artistas como Boy Gê Mendes, Fattú Djakité, Ga DaLomba, entre outros
O
cantor cabo-verdiano Ste Mandela apresentou esta quinta-feira, dia 9, no
Auditório Nacional o seu álbum “Volta pa Kaza”. O espectáculo que teve entrada
livre contou com a participação de artistas de renome como Boy Gê Mendes, Fattú
Djakité, Ga DaLomba, Zul Alves, grupo coral Komsolu e crianças da Associação
Gota d’Arte.
Conforme
nota de imprensa, o projeto artístico propõe “uma viagem musical que liga a
narrativa íntima da migração e da identidade aos desafios universais da
desumanização e da ecologia”.
Boy
Gê Mendes, Fattú Djakité, Ga DaLomba, Zul Alves, grupo coral Komsolu e crianças
da Associação Gota d’Arte foram os artistas convidados, que também participam
no álbum.
Numa
entrevista ao Balai, Ste explicou que quando resolveu fazer um álbum, contactou
inevitavelmente o Ndu Carlos, da Associação Gota d’Arte, da qual Ste é
vice-presidente da Assembleia. “O Ndu Carlos é músico que dispensa
apresentações para quem está mais ciente do lado musical instrumentista”.
Com
a editora Xintidu de Ndu, trabalhou no álbum que vai lançar agora em outubro,
tendo já lançado a música “Na Mon di Deus”, dedicada à mãe.
“Todo
processo que eu passei até hoje, já vi que o meu caminho passa pela música,
querendo ou não. Reconheço-o como uma benção de Deus, ter essa aptidão e
sensibilidade musical e recebo-a com responsabilidade porque sou consciente que
recebi essa benção para fazer alguma coisa boa e criativa. É o meu contributo
para o mundo, o meu legado. Todos nós quando passámos por aqui temos de deixar
algum trabalho e este é o meu trabalho que devo deixar”.
“Volta
pa Kaza”, não só porque voltou a casa, mas porque “representa o regressar ao
ponto de partida enquanto ser humano, para a origem, para a génese”, explica.
“Voltar para dentro para o que é a nossa essência, a mensagem que deixo com a
minha música é de olharmos para dentro”.
Este
projeto traz ritmos cabo-verdianos, como kanizadi, coladeira, batuku, um pouco
de funaná, mas também é um projeto onde aborda temas como educação, identidade
e a infância.
“Portanto
é um voltar para casa no sentido artístico, cultural, político e social”,
explicou. Cristina Morais – Cabo Verde in “Balai CV”
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