Cidade da Praia – O autor Anaximandro Nandanhe defendeu, na Praia, que os jovens têm uma responsabilidade central na valorização da língua portuguesa e na construção da lusofonia, apelando à abertura da CPLP e a mobilização da sociedade civil.
Estas
declarações foram feitas durante a apresentação da obra “A Língua Portuguesa e
a Geração da Lusofonia” realizada no Instituto Internacional da Língua
Portuguesa (IILP).
“O
que me motivou a escrever este livro é a reflexão que vinha fazendo sobre a
língua portuguesa. Notei um desinvestimento em relação a este património e
senti a necessidade de chamar os jovens para pensarmos juntos como podemos
trabalhar a língua e torná-la uma língua de futuro”, afirmou.
Segundo
o autor, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) deve “abrir-se
mais” e envolver a juventude, artistas e sociedade civil, de forma a
transformar as decisões em acções concretas.
“A
CPLP está muito fechada em si e se ela quiser ser uma comunidade dos povos, dos
jovens, tem de abrir mais”, frisou.
Por
sua vez, o director executivo do IILP, João Neves, destacou a relevância da
obra, sublinhando tratar-se de um contributo da juventude para a reflexão sobre
o futuro da língua portuguesa.
“É
um pequeno contributo que mostra como o papel das gerações mais novas será
essencial. Em 2050 e 2100, o número de falantes da língua portuguesa aumentará
de forma significativa, mas isso só será real se as novas gerações continuarem
a ver na língua portuguesa uma forma de realização pessoal e de exercício de
cidadania”, afirmou.
Para
João Neves a obra reúne testemunhos de jovens da diáspora que já projectam as
suas vidas pessoais e profissionais através da língua portuguesa, reforçando a
ideia de que esta pode ser um espaço de mobilização e de identidade partilhada.
A
obra “A Língua Portuguesa e a Geração da Lusofonia”, editada pelo autor em
parceria com a Organização Juvenil dos Países de Língua Portuguesa, apresenta
reflexões sobre o papel da língua como património cultural, histórico e
afectivo, e a sua importância na aproximação entre culturas e gerações no
espaço da CPLP. In “Inforpress” – Cabo Verde
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