Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Cabo Verde - Ministério da Educação “não tem competência para acto de padronização linguística” segundo escritor José Luiz Tavares

Cidade da Praia – O escritor José Luiz Tavares afirmou que o Ministério da Educação “não tem competência orgânica” para a realização de um acto de padronização linguística.


“Tal competência é do Ministério da Cultura, que resolveu que a melhor tática é permanecer mudo até que a borrasca passe”, esclareceu o escritor, em entrevista à Inforpress a propósito de uma providencia cautelar que vai interpor, ainda esta semana, para a suspensão do uso do manual do 10.º ano de Língua e Cultura Cabo-verdiana.

À Inforpress, o poeta explicou que, além do “atropelo de todos os comandos legais” sobre a língua cabo-verdiana, há ainda a “incompetência orgânica do Ministério da Educação para a realização de um acto de padronização linguística, ainda que encapotada", pois que “as mentes engendradoras de tal façanha, apesar das evidências em contrário, juram por este mundo e pelo outro que não se trata de tal coisa”.

“Portanto, o ministro Amadeu Cruz tem duas opções: uma sensata, que é suspender e mandar refazer o manual, extirpando a montanha de ilegalidade e anticientificidade, que é a tal (anti)norma pandialetal”, lançou, ou insistir nesse projecto “bairrista e divisionista”, com vista “à eliminação” da matriz histórica da língua cabo-verdiana.

E, então, continuou, arcar com as consequências cíveis e penais, que irá pedir ao tribunal, e que se averigue se as houver, para além das políticas, que, “estranhamente ninguém neste país assaca ao ministro”, finalizou. In “Inforpress” – Cabo Verde


Sem comentários:

Enviar um comentário