A
Praça da Independência acolheu, este domingo, dia 31, uma serenata de poesia
organizada pela Associação de Escolas Privadas de São Tomé e Príncipe, evento
que homenageou a poeta Conceição Lima.
O
programa, a que o Téla Non teve acesso, incluíu um histórico da poesia
são-tomense, declamações de poemas por estudantes e vozes femininas, leitura
livre por elementos do público, e um recital na voz da autora de ‘’A Dolorosa
Raiz do Micondó’’. Conceição Lima é considerado o nome mais proeminente da atual
literatura são-tomense e é o mais traduzido de sempre, nomeadamente para o
alemão, árabe, checo, espanhol, francês, galego, inglês, neerlandês,
servo-croata, shona e turco.
A
Associação de Escolas Privadas de São Tomé e Príncipe foi fundada em abril de
2025, contando já com a adesão de 15 escolas, do ensino pré-escolar ao
universitário, com destaque para o Colégio Adventista, a Escola Internacional e
a Universidade Lusíada. É membro da Confederação das Escolas Privadas da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, tem como presidente Jamila
Correia, diretora do Colégio Adventista e, como vice-presidente, Lídis da Mata,
diretora da Escola Internacional e cônsul honorária da Áustria em São Tomé e
Príncipe. A serenata de poesia deste domingo foi a segunda atividade pública da
Associação, tendo sido a primeira uma tertúlia sobre a educação em São Tomé e
Príncipe, nas instalações da Biblioteca Nacional, em meados de Junho.
‘’Esta
decisão de organizar uma serenata de poesia como segunda atividade pública, é
um reconhecimento de que a poesia é inspiradora’’, pontuou Jamila Correia.
Contactada
pelo Téla Non, Conceição Lima disse sentir-se muito honrada e grata à
Associação de Escolas Privadas, por promover ‘’um momento de comunhão e de
convívio em torno da poesia, dando voz a talentos emergentes, nomeadamente
estudantis, e proporcionando ao público uma ocasião tão especial.’’ Para a
escritora, poeta, cronista e jornalista, a iniciativa da Associação das Escolas
Privadas reveste-se de um significado particular ‘’por permitir um encontro de
gerações inspiradas pela arte poética, fomento de esperança, de resistência, de
resiliência, de comprometimento com o que de humano reside em nós.’’ Disse
ainda Conceição Lima que o significado do evento e da homenagem é reforçado por
ter lugar no cinquentenário da proclamação da independência nacional, no lugar
onde foi hasteada, pela primeira vez, a bandeira de São Tomé e Príncipe.’’
Autora
de quatro coletâneas de poesia e de um livro de crónicas que inclui um texto
dramático, a poeta avançou ao Téla Non a publicação, pela sua editora
portuguesa, a Editorial Caminho, já em setembro próximo, de um livro baseado no
fabulário são-tomense e, para o primeiro semestre de 2026, um novo livro de
poesia. In “Téla Nón” – São Tomé e Príncipe
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