O Consulado Geral de Portugal em Macau vai apresentar novamente, em colaboração com o Instituto Português do Oriente (IPOR), um “Pavilhão de Cidade” na Bienal Internacional de Arte de Macau 2025. Desta vez, a cidade escolhida foi Vila Franca de Xira, que apresentará um conjunto de obras da colecção do Museu do Neo-Realismo, “uma instituição que, desde 2007, assume uma importância crescente na arte contemporânea portuguesa”, descreve o Consulado na nota de imprensa enviada ontem às redacções.
O
Pavilhão da Cidade de Vila Franca de Xira será inaugurado na sexta-feira, às
18h30, na Galeria Tap Seac, com a presença do Embaixador de Portugal junto da
República Popular da China e do presidente da Câmara Municipal de Vila Franca
de Xira. A exposição estará aberta ao público até ao dia 16 de Novembro.
Segundo
o Consulado, esta exposição “estabelece um diálogo profundo sobre as urgentes
questões sociais e políticas da actualidade, constituindo-se como uma
pertinente reinvenção crítica do real, em sintonia com o tema da Bienal de
Macau: ‘Olá, o que te traz aqui?'”. A curadoria, a cargo de David Santos e de
José Maçãs de Carvalho, inspira-se num movimento artístico pós-minimalista
surgido nas décadas de 1960-70, que radicalmente questionou o lugar da arte na
sociedade, rejeitando a concepção formalista e autónoma da arte modernista e
propondo, em alternativa, a compreensão da arte como instrumento de intervenção
política.
“Inspirada
no ‘pós-minimalismo progressista’ teorizado por Hal Foster, a exposição explora
a capacidade que a arte tem de compreender e transformar a sociedade, e resulta
num potente regresso ‘do’ e ‘ao’ real – uma reinvenção conceptual que exige do
espectador uma consciencialização activa da sua própria responsabilidade na
construção do significado artístico”, lê-se no comunicado.
A
exposição convida, assim, a uma “reflexão crítica sobre os regimes discursivos,
num mundo saturado de imagens, propondo uma nova atitude conceptual para
compreender as complexas relações entre o processo criativo, a imagem e a
linguagem”. In “Ponto Final” - Macau
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