A MobyFly está a desenvolver embarcações capazes de transportar centenas de passageiros, utilizando 80% menos energia que um barco a diesel
A MobyFly,
uma startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade
do Porto, angariou 10,8 milhões de euros (10,1 milhões de francos suíços), numa
ronda de financiamento Série A, para acelerar a comercialização de barcos
elétricos.
Fundada
em 2020, na Suíça, por Sue Putallaz, Anders Bringdal e pelo português Ricardo
Bencatel, antigo estudante da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), a
MobyFly está a desenvolver embarcações elétricas de alta performance com uma
tecnologia baseada em hidrofoils – estruturas em formato de asa, capazes
de levantar um barco acima da água –, que conseguem transportar centenas de
passageiros a velocidades superiores a 70 km/h. Estes barcos consomem até 80%
menos energia do que as embarcações a diesel e permitem reduzir em cerca de 60%
os custos operacionais, enquanto eliminam ondas, ruído e emissões poluentes.
Para
Ricardo Bencatel, Chief Technology Officer (CTO) da spin-off U.Porto, o
mais recente financiamento representa um marco decisivo: “Este investimento
permitirá à MobyFly escalar as suas operações, expandir as capacidades de
engenharia e I&D, acelerar a comercialização da sua tecnologia de hidrofoils
com emissões zero e reforçar o compromisso com um transporte marítimo
sustentável e rentável”, diz o alumnus da FEUP.
Os
planos imediatos para o montante arrecadado passam por “industrializar e
certificar a tecnologia, continuar a evoluir os sistemas de hidrofoil e
impulsionar a entrada da empresa em novos mercados internacionais”, explica
Bencatel.
A
MobyFly traçou metas ambiciosas para os próximos dois anos: ainda em 2025, a
empresa pretende lançar a produção da pré-série do modelo MBFY-S, capaz de
transportar até 20 passageiros. Já em 2026, esperam concretizar o seu maior
objetivo: “lançar o primeiro modelo de produção no verão e vender várias
unidades destinadas ao transporte de passageiros até ao final do ano”, revela o
cofundador português.
O
investimento agora anunciado foi liderado pelo fundo Fonds Révolution
Environnementale et Solidaire, financiado pelo dividendo social do Crédit
Mutuel Alliance Fédérale e gerido pela Crédit Mutuel Impact, contando ainda com
a participação de investidores privados e parceiros institucionais. Universidade
do Porto - Portugal
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