Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Angola - Livro de João Melo publicado na China

A obra “Será este livro um romance?”, do escritor João Melo, vai ser publicada em Outubro na China Continental e em Macau, numa edição conjunta das editoras Lijiang e Macanese, numa colectânea intitulada “Série Países de Língua Portuguesa”


A obra foi publicada originalmente pela editora portuguesa Caminho em 2022.

João Melo, premiado autor angolano, já publicou, além de Angola, Brasil e Portugal, em países como Cuba, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Tunísia. Este ano, os seus livros são esperados na Índia e na Polónia.

A Lijiang Publishing, com sede em Guilin, é uma editora chinesa conhecida por livros sobre ciências sociais, literatura e arte, incluindo uma série de clássicos da literatura francesa e obras de escritores nacionais famosos. Como membro do Guangxi Publishing Media Group, a Lijiang Publishing tem uma presença significativa no mercado editorial chinês.

Entre outras séries notáveis, publicou a série “O Nobel, Literatura Francesa do Século XX”. Trabalha com vários autores chineses renomados, como Liu Xin Wu, Liu Yong, Jia Ping Wa, Zhu Guang Qian e Zhou Ru Chang. João Melo, que escreve há mais de 50 anos, é conhecido principalmente pela sua poesia e também pelos seus contos, bem como pelas suas extensas contribuições à imprensa angolana e de outros países de língua portuguesa.

Segundo uma nota de imprensa da Kalunga - Divulgação & Produções Afro-Atlânticas, a que o Jornal de Angola teve acesso, o professor e tradutor britânico David Brookshaw, que acaba de assumir o cargo de editor de África na Dedalus, escreveu o seguinte sobre o primeiro romance do autor angolano:

“O título deste primeiro romance do proeminente contista, poeta e ensaísta angolano, João Melo, pode ser traduzido como: “Isto é realmente um romance?”. Como o título sugere, não se trata de um romance africano prototípico, como aqueles que os leitores ocidentais (e, claro, os editores) estão acostumados a esperar. E, no entanto, à sua maneira, trata precisamente da camisa de força temática e das restrições que o público leitor fora da África determinou que deveriam constituir a literatura daquele continente”.

“Melo brinca com noções sobre autenticidade do autor, confiabilidade do narrador e perspectiva, introduzindo um elemento de realismo mágico quando Leonardo da Vinci (o pioneiro da perspectiva na pintura) é visto a ter uma conversa séria numa mesa de café em Luanda.

Mas também é um romance que comenta a política de Angola após a retirada da vida política do segundo Presidente do país, José Eduardo dos Santos, em 2018, substituído pelo actual Presidente, João Lourenço, cuja missão era supostamente erradicar a corrupção. O romance também foi escrito tendo como pano de fundo a pandemia global e o lockdown de 2020/1, que serve como um marcador cronológico no desenvolvimento da história”, lê-se na nota da Kalunga. In “Jornal de Angola” - Angola



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