Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Moçambique - Mia Couto lança novo romance esta quinta-feira, 03 de Outubro

Nesta quinta-feira, a partir das 18 horas, o Centro Cultural Moçambique-China, na Cidade de Maputo, vai receber a sessão de lançamento do novo romance de Mia Couto, intitulado “A cegueira do rio”.

No seu novo livro, Mia Couto escolhe uma aldeia no Norte de Moçambique como palco de um acontecimento que marca o início da Primeira Guerra Mundial no continente africano. O inesperado incidente militar abre espaço para uma série de misteriosos eventos que culminam com o desaparecimento da escrita no mundo. Livros, relatórios, documentos, fotografias, mapas surgem deslavados e ninguém mais parece ser capaz de dominar a arte da escrita. Os habitantes dessa aldeia são chamados a restabelecer a ordem no mundo, ensinando aos europeus o ofício da escrita e as artes da navegação.

De acordo com a nota de imprensa da Fundação Fernando Leite Couto, que edita o livro, “A cegueira do rio” será apresentado pelo escritor Daniel da Costa, num evento que terá momentos de leitura e performance com Negro, Rita Couto e Letícia Deozina.

A sinopse

Factos e personagens deste livro foram inspirados em eventos reais ocorridos numa e na outra margem do Rio Rovuma, que separa Moçambique da Tanzânia. O primeiro evento foi a insurreição popular que ficou conhecida como a «Revolta dos Maji-Maji» em protesto contra a cultura forçada do algodão. Encabeçada por um líder espiritual chamado Bokero, esta sublevação ocorreu entre 1905 e 1907 e a resposta das autoridades coloniais alemãs resultou num dos mais graves massacres da história de África. Pensa-se que entre 200 e 300 mil camponeses foram assassinados.

O segundo evento consistiu no assalto alemão ao posto militar português de Madziwa em agosto de 1914. Um sargento português e 11 sipaios africanos foram mortos nesse ataque.

No resto, tudo o que se relata neste livro tornou-se verdadeiro a partir do momento em que foi escrito. In “O País” - Moçambique


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