Díli
– A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC), Adaljiza Magno,
disse que o líder carismático Kay Rala Xanana Gusmão ainda continua a exercer a
função de negociador principal para a delimitação das fronteiras terrestres e
marítimas com Indonésia.
“Com
base no decreto-Lei, Xanana Gusmão ainda continua a liderar o Conselho para a
Delimitação Definitiva das Fronteiras Marítimas (CDDFM)”, revelou a MNEC.
Desde
2015, o líder tem como missão concluir os procedimentos necessários à ratificação
do Tratado entre Timor-Leste e a Austrália, que estabelece as respetivas fronteiras
marítimas no Mar de Timor.
Questionada
sobre quando é que Timor-Leste e a Indonésia vão retomar as discussões sobre as
fronteiras terrestres, a governante informou que o assunto depende da evolução
da pandemia covid-19.
“A
discussão sobre a delimitação das fronteiras terrestres ainda não foi definida,
devido a covid-119. Faltam dois segmentos (Bidjael Sunan-Oben e NoelBesi
Citrana) que ainda não finalizaram, pois, Timor-Leste e Indonésia estão em
confinamento. Já concordámos que depois desta situação normalizar, vamos
discutir o tema”, recordou.
Adaljiza
Magno referiu também que quer construir a barreira para demarcar a fronteira terrestre
entre Timor-Leste e Indonésia, em Motain, que está quase perdida, por causa do
impacto das chuvas e inundações que ocorreram no mês passado.
“A
equipa técnica já fez o levantamento dos dados. Está prevista a reconstrução, infelizmente
ainda não aconteceu porque depende da alocação do Orçamento Geral do Estado de
2022”, frisou a ministra.
Entre
Timor-Leste e a Indonésia ainda há dois segmentos que faltam determinar em relação
às fronteiras terrestres, nomeadamente em Oé-Cusse, com as zonas de Bidjael
Sunan-Oben e NoelBesi Citrana (zonas entre Oé-Cusse e a província de Timor Ocidental,
na Indonésia).
Noelbesi
Citrana é a área fronteiriça entre Kupang e Ambeno (OéCusse), enquanto Bidjael
Sunan-Oben demarca a fronteira entre Timor Tengah Utara e Oé-Cusse, com uma
área de 142,7 hectares.
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