Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Zâmbia – Faleceu Kenneth Kaunda, o homem da independência do país

Faleceu Kenneth Kaunda, o primeiro Presidente da Zâmbia, com a idade de 97 anos, informou esta quinta-feira fonte familiar citada pelas agências


Figura cimeira da independência da Zâmbia, Kaunda estava internado desde segunda-feira, num hospital de Lusaka, a capital do país.

O internamento de urgência veio a revelar-se como justificado por uma pneumonia grave, ainda segundo as mesmas fontes, mas sem a infecção por Covid-19.

Na década de 1950, este histórico do pan-africanismo e dos movimentos independentistas, foi uma figura central da luta pela libertação do colonialismo britânico, naquele que na altura era conhecida pela Rodésia do Norte.

Kenneth Kaunda tornou-se no primeiro Presidente da Zâmbia em 1964, à frente da UNIP, o Partido da União Nacional para a Independência.

Nascido em 1924, 28 de Abril, Kenneth Kaunda dirigiu o país como Presidente entre 1964 e 1991, depois de ser a figura central da luta pela independência, primeiro enquadrado no Congresso Nacional Africano da Rodésia do Norte, e depois na UNIP, partido que fundou e que dirigiu o país até às primeiras eleições multipartidárias e verdadeiramente democráticas.

No início da sua vida adulta, Kaunda foi mineiro e professor, na década de 1940, tendo passado por diversas escolas e igrejas, chegando a chefe de coro.

Foi em 1951 que ingressou no partido em que primeiro militou, o Congresso Nacional Africano (ANC), da Rodésia do Norte, onde se manteve até que formou, em 1958 formou a ZANC, que foi banido em 1959, ano em que foi condenado a nove meses de prisão.

Com a independência em 1964, Kenneth Kaunda foi a principal figura do país, sendo o seu Presidente até 1991.

É considerado um dos maiores pan-africanistas de sempre e acérrimo defensor do fortalecimento africano através da criação de sinergias continentais com um permanente apelo a que aos jovens sejam dadas condições para erguerem a África do futuro, forte e desenvolvida. In “Novo Jornal” - Angola

 


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