O momento é único na vida da artista portuguesa. Depois de anos a pintar para si, eis que surge a oportunidade de mostrar o seu trabalho. O Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong recebe, amanhã e em estreia absoluta, as aguarelas de Luísa Petiz
A
arquitecta portuguesa Luísa Petiz apresenta os seus trabalhos em aguarela sobre
Macau, amanhã, pelas 18h30, na chancelaria do Consulado-Geral de Portugal em
Macau e Hong Kong, numa mostra integrada no âmbito da iniciativa “Junho – Mês
de Portugal na RAEM”. A mostra estará patente até 9 de Julho. “Desde pequenina
que desenhava imenso. Os meus pais sempre me deram materiais de pintura, o que
incentivou bastante a continuar este hobbie até agora”, revelou Luísa
Petiz ao Ponto Final.
“Macau
em Aguarelas” marca a estreia da artista numa exposição de 20 trabalhos onde
Luísa Petiz retrata lugares icónicos do território como as Ruínas de São Paulo,
o Largo do Lilau, o Templo de A-Má, o Jardim de Lou Lim Ieoc ou a Aldeia
Cultural de A-Má, em Coloane. “São sítios onde passo no meu dia-a-dia ou que
acho bonitos, muito característicos de Macau”, disse a arquitecta, que assumiu
ainda faltar pintar alguns lugares icónicos como, por exemplo, o Farol da Guia.
Os
trabalhos da artista que constituem esta mostra, em formatos A4 e A5, foram
realizados no período de confinamento vivido em Macau em princípios de 2020,
momento em que Luísa Petiz partiu à procura dos recantos da cidade, fonte de
inspiração para a criação deste conjunto de obras. “Trabalho maioritariamente
em aguarela. Para mim é a melhor maneira que tenho para dar expressão aos meus
desenhos. De vez em quando também pinto apenas a caneta ou a lápis, e gosto
sempre de experimentar novos materiais”, notou a artista, que pretende
continuar com as aguarelas daqui para a frente e “começar a desenhar sítios
diferentes”. “Da Europa, por exemplo, que tenho imensas saudades.”
E
como surgiu esta oportunidade? “Foi através de uma amiga, que conhece pessoas
que trabalham no Consulado e falou-lhes de mim. Mais tarde convidaram-me para
este projecto e o facto de ser portuguesa a viver em Macau adequa-se ao tema”,
confessou a pintora, licenciada pela Faculdade de Arquitectura de Lisboa em
2018.
A
inspiração também surge depois do frenesim do dia-a-dia, que por vezes nem
corre tão bem. “Desenhar ajuda-me imenso a distrair-me de outros problemas,
acaba por ser relaxante. Desliga-me do mundo lá fora”, confessa Luísa.
Luísa,
que trabalha actualmente como designer de interiores no resort integrado
Galaxy, também participou este ano na exposição “Quarentena 21+7” que esteve
patente na Fundação Rui Cunha de 20 a 30 de Abril. A mostra, com fotografias e
vídeos, versava sobre o dia-a-dia da quarentena de 21 dias que 21 portugueses
tiveram que fazer obrigatoriamente no Grand Coloane Resort, depois de terem
chegado ao território no dia 21 de Janeiro, em dois voos vindos de Tóquio. Gonçalo
Pinheiro – Macau in “Ponto Final”
goncalolobopinheiro.pontofinal@gmail.com
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