Dos países lusófonos, Portugal é o melhor posicionado em
índice de sobrevivência e bem-estar, mas ocupa o último lugar a nível de
emissores de CO2 por pessoa. O Brasil é destacado por fortalecer sistema de
informações de saúde. O novo estudo adverte para excessos de emissões de
carbono em economias mais ricas
Nenhum
país protege de forma adequada a saúde, o ambiente e o futuro das crianças,
segundo um relatório de 40 especialistas em saúde infantil e de adolescentes em
todo o mundo.
A
publicação “A Future for the World’s Children?” ou “Um Futuro para as
Crianças do Mundo?”, em tradução livre, mostra que os menores de idade na
Noruega, na Coreia do Sul e na Holanda têm maior possibilidade de sobrevivência
e bem-estar.
Os Países de Língua Portuguesa
Entre
as nações de língua portuguesa, Portugal figura na posição 22 do índice que
compara indicadores como saúde, educação e nutrição. A seguir estão Brasil em
90º, Cabo Verde em 109º e São Tomé e Príncipe em 125. Já Timor-Leste aparece na posição 135, Angola
em 161º, Guiné-Bissau em 166º e Moçambique na posição 170.
Nos
piores cenários entre os 180 Estados analisados estão a República
Centro-Africana, Chade, Somália, Níger e Mali.
O
estudo inclui o índice de sustentabilidade revelando que cada pessoa dos países
mais desenvolvidos emite mais dióxido de carbono, CO2, do que o objetivo
nacional definido para 2030. Entre as questões avaliadas estão equidade e
diferenças de rendimentos.
Nos países lusófonos, Portugal está em 129º lugar no ranking de
sustentabilidade, Brasil vem em 89, Angola 63, Cabo Verde 59 e São Tomé e
Príncipe em 41. Timor-Leste está em 33º lugar, Moçambique em 29º e Guiné-Bissau
em 16º.
Países ricos
Entre
os maiores países emissores de gás carbónico estão os Estados Unidos, Austrália
e Arábia Saudita. O documento destaca que as emissões nas economias mais ricas
são feitas de forma desproporcional.
A
Comissão formada pela Organização Mundial da Saúde, OMS, o Fundo da ONU para a
Infância Unicef, e a revista médica “The Lancet”
destaca que a saúde e o futuro das crianças e adolescentes em todo o mundo
estão sob ameaça.
Entre
os fatores que agravam esta situação estão a degradação ecológica, a alteração
climática e as práticas de marketing prejudiciais que promovem alimentos
processados, bebidas açucaradas, álcool e tabaco.
O
Brasil é destacado entre os países de rendimento médio por investir no reforço
do seu sistema de informações de saúde de rotina como parte da reforma do
sistema de saúde.
Crianças
Aos
países em desenvolvimento, o documento recomenda mais ações para que suas
crianças vivam de forma mais saudável por causa da ameaça das emissões
excessivas de carbono para o seu futuro.
O
estudo alerta para as consequências arrasadoras para a saúde infantil se o
aquecimento global ultrapassar os 4 °C até 2100, de acordo com as projeções
atuais. A consequência inclui ondas de calor extremo e proliferação de doenças
como a malária o dengue além de condições como a subnutrição. ONU News –
Nações Unidas
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