As cidades brasileiras do Mato Grosso do Sul e de São Paulo, respectivamente, estão entre as 59 primeiras capitais distinguidas na iniciativa promovida pela FAO e pela Fundação Arbor Day. As cidades ocupam apenas 3% da superfície do planeta, mas abrigam quase 60% da população mundial
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO e a Fundação Arbor Day anunciaram as primeiras cidades reconhecidas no programa Cidades de Árvores do Mundo. A iniciativa procura ajudar a criar centros urbanos mais resilientes e sustentáveis.
Entre os pioneiros estão Dublin, na Irlanda, Quito, no Equador, e Paris, na França. A lista também inclui grandes pequenas cidades e áreas metropolitanas, como Nova Iorque e São Francisco nos Estados Unidos e Toronto, no Canadá.
Brasil
O Brasil foi o único país lusófono que teve as suas cidades reconhecidas. Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul, e São Carlos, no estado de São Paulo.
Um total de 59 cidades receberam a designação internacional. Mais de 100 outras comprometeram-se a participar na iniciativa e a atender os principais requisitos para se qualificarem no futuro.
Entre elas, estão a adopção de políticas, boas práticas ou padrões da indústria para a gestão de árvores e florestas urbanas e o estabelecimento de um orçamento anual dedicado para a implementação do plano de rotina de desbaste de árvores.
As regras também incluem a realização de uma celebração anual das árvores para consciencializar os moradores e reconhecer cidadãos e funcionários que realizam o programa de Árvores da Cidade.
Reconhecimento
O diretor-geral assistente do Departamento Florestal da FAO, Hiroto Mitsugi, deu os parabéns "as primeiras cidades a serem reconhecidas". Ele disse que "juntos, os autarcas dessas Árvores da Cidade formam uma nova rede global de líderes florestais urbanos que compartilham os mesmos valores.”
Mitsugi acrescentou que o programa tem orgulho de “reconhecer estas cidades pelas suas ações em direção a lugares mais saudáveis e verdes para se viver."
Espaços verdes
Além de promover a gestão eficiente dos recursos arbóreos urbanos, o programa também visa criar uma rede internacional de cidades, facilitando o compartilhar de conhecimentos e boas práticas para a administração sustentável de florestas urbanas e espaços verdes.
A FAO destaca que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, ODS, número 11 exige que as cidades sejam inclusivas, seguras, resilientes e mais sustentáveis.
Erosão
As cidades ocupam apenas 3% da superfície do planeta, mas abrigam quase 60% da população mundial que consome 75% dos recursos naturais. A FAO enfatiza que as tendências antecipadas da urbanização tornam o planeamento sustentável do uso da terra ainda mais importante.
As árvores, por exemplo, podem reduzir o ruído, proteger as fontes de água, impedir a erosão do solo e reduzir os custos de energia com ar condicionado e aquecimento. Elas também podem melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas, além de oferecer prazer estético e um indicador físico das estações. ONU News – Nações Unidas
Sem comentários:
Enviar um comentário