A Cruz Vermelha de Macau continua a prestar os serviços
habituais à população do território estando a tomar “todas as precauções” para
evitar pôr em perigo os seus funcionários. O secretário do Conselho Geral, João
Manuel Ambrósio, assegura que a instituição está a ser cautelosa com a utilização
de materiais, como máscaras, porque não se sabe “quando é que a epidemia vai
acabar”
Desde
o início da propagação do COVID-19, a Cruz Vermelha de Macau tem mantido a sua
actividade regular, no entanto, tendo em conta que não se sabe quando a epidemia
poderá chegar ao fim, tem tomado algumas precauções, explicou o secretário do
Conselho Geral da instituição ao Jornal Tribuna de Macau.
“Levamos
pessoas ao hospital e a outros consultórios para hemodiálise e outros
tratamentos. Continuamos a prestar o nosso serviço à população de Macau. Temos
já mais ou menos um número fixo de pacientes que precisam de ir constantemente
ao hospital receber tratamento. Esse número não tem aumentado ou reduzido
significativamente, não obstante a epidemia que estamos a enfrentar”, começou
por referir João Manuel Ambrósio.
No
entanto, “estamos a tomar todas as precauções”. “Todo o nosso pessoal está a
fazer limpeza e há todo o equipamento necessário para evitar contágio pela
doença durante o transporte de pacientes ou mesmo na área do hospital”. Este
serviço de acompanhamento de pessoas ao hospital e de volta a casa é um dos
principais disponibilizados pela Cruz Vermelha, até tendo em conta que vários
outros da mesma índole estão a cargo do Corpo de Bombeiros.
A
Cruz Vermelha transporta, diariamente, cerca de 60 pessoas até ao Centro
Hospitalar Conde de São Januário. O serviço esteve suspenso “por alguns dias”
devido à interrupção temporária de consultas externas no hospital público,
porém, já foi reactivado.
“Estamos
também muito cuidadosos com o uso dos materiais porque não sabemos quando é que
a epidemia vai acabar e o material que temos em ‘stock’ é suficiente para um
futuro muito próximo. Estamos a falar de uma reserva para cerca de um mês, mas
estamos muito cautelosos com a questão dos materiais e equipamentos”, frisou o
secretário do Conselho Geral acrescentando que, de qualquer forma, estão em
contacto permanente com o Executivo.
“O
Governo também percebe a nossa situação e ao delinear uma política global sobre
os materiais tem em consideração as necessidades e uso dos materiais por parte
da Cruz Vermelha de Macau”, garante João Manuel Ambrósio.
De
qualquer modo, a organização está à procura, “em todo o mundo” mas
especialmente junto dos chineses ultramarinos, de fornecedores que possam
enviar este tipo de materiais para a RAEM. “Estamos a encontrar uma fonte para
o material de que precisamos, tendo em conta que a própria China, que produz a
maior parte do equipamento, também tem enfrentado dificuldades em fornecer a si
própria e a fazer a exportação para Macau”, sublinhou.
Ressalvando
que, ainda assim, “a situação não está tão difícil”, a Cruz Vermelha continua a
“envidar os melhores esforços para que o stock se mantenha num nível que possa
satisfazer o futuro próximo”.
Por
outro lado, João Manuel Ambrósio referiu que a Cruz Vermelha tem funcionários a
fazer a medição da temperatura nas fronteiras. “Todos os postos fronteiriços
têm pessoal da Cruz Vermelha para fazer a medição da temperatura. No Aeroporto
também temos um serviço de urgência, um posto de socorro, mas também a procura
não é muita porque muitos voos foram cancelados e há menos gente a viajar”.
Além
disso, assegurou, a Cruz Vermelha não tem tido dificuldade ao nível das
ambulâncias. Inês Almeida – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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