O
Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) prevê um crescimento de 2,8% para
Angola este ano devido às reformas estruturais que foram lançadas e que deverão
sustentar o regresso ao crescimento depois de quatro anos de recessão.
“As
reformas estruturais vão contribuir para a recuperação económica a partir de
2020”, ano em que a previsão aponta para uma expansão de 2,8%, lê-se no
relatório sobre as Perspectivas Económicas Africanas, divulgado em Abidjan, a
sede do BAD, que dá conta ainda de que no ano passado o PIB de Angola deve ter
caído 0,1%, devendo abrandar para 2,3% em 2021.
“Os
investimentos estratégicos em infraestruturas, capital humano e mercados de
crédito deverão diversificar a economia de Angola e gerar reservas internacionais,
já que cerca de 98% das exportações são petróleo e diamantes”, aponta-se no
documento.
No
capítulo dedicado a Angola, o BAD salienta que “o apoio governamental à
diversificação das exportações e à substituição de importações está a
identificar sectores prioritários para beneficiarem destas iniciativas, ao
abrigo do programa de apoio ao crédito anunciado em maio de 2019” e acrescenta
que “a melhoria dos investimentos na energia vai estimular o crescimento”.
O
relatório deste ano, com o subtítulo ‘Desenvolvendo a Força de Trabalho
Africana para o Futuro’, dá conta que, em Angola, “a baixa qualificação da mão
de obra está a prejudicar os investimentos privados e a diversificação
económica, com apenas 15% das jovens e 21% dos jovens a terminarem o ensino
secundário”.
As
reformas “estruturais e a estabilização macroeconómicas têm de estar na base da
recuperação económica, da diversificação e da criação de empregos”, defende o
BAD, alertando que “a probabilidade de mais investimentos privados e participação
deste setor na economia é limitada, mas deverá melhorar no âmbito do programa
de privatização anunciado em Agosto de 2019”. In “O Século
de Joanesburgo” – África do Sul
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