Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Angola – Um dos 10 países africanos doadores de recursos contra praga de gafanhotos

A FAO destaca que é preciso agir agora, as nuvens de insetos já ameaçam o Sudão do Sul, Uganda, Eritreia, Arábia Saudita, Sudão e Iémen



Uma iniciativa de países africanos doou US$ 1 milhão à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, para combater a praga de gafanhotos do deserto que afeta o extremo leste da África.

Angola é uma das 10 nações que contribuíram com o Fundo Fiduciário para a Solidariedade da África, Astf.

Potencial

Até ao momento, a agência da ONU recebeu 23% dos US$ 76 milhões necessários para controlar a propagação da praga.

O diretor-geral, Qu Dongyu, pediu ações urgentes para combater as nuvens destes insetos com grande potencial de destruição.

Uma nuvem de gafanhotos de 1 km2, por exemplo, pode comer o equivalente à quantidade de 35 pessoas, num só dia.

De acordo com a diretora-geral adjunta do Clima e Recursos Naturais da FAO, Maria Helena Semedo, existe uma janela de oportunidade antes da próxima temporada de plantio e “é preciso agir agora”.

Deserto

Ela considera que a doação é um financiamento flexível para avançar rapidamente. Semedo está em Adis Abeba a participar na reunião ministerial sobre gafanhotos do deserto em paralelo ao Encontro de Cúpula da União Africana, na capital da Etiópia.

Já a representante de Angola junto da FAO, Maria de Fátima Jardim, disse que a contribuição do Fundo de Solidariedade para a África é uma oportunidade a todos os países africanos e parceiros de recursos para apoiar o surto através da plataforma. Ela está a presidir ao Comité Gestor da Astf.

Segurança Alimentar

De acordo com a FAO, a atual praga do gafanhoto do deserto é uma ameaça sem precedentes à segurança alimentar e meios de subsistência na Etiópia, no Quénia e na Somália. É considerada a praga migratória mais perigosa do mundo.

O Sudão do Sul e o Uganda estão também em risco e a preocupação é que novas nuvens sejam formadas na Eritreia, na Arábia Saudita, no Sudão e no Iémen, à medida que os gafanhotos se espalham pelo Mar Vermelho.

A FAO atua com governos e parceiros em operações de vigilância e controle. A agência disse que tenta proteger os meios de subsistência e ajudar na recuperação e resiliência dos afetados a longo prazo.

A prioridade é aumentar as operações intensivas de controlo terrestre e aéreo para detetar e reduzir o número de gafanhotos antes que os insetos ganhem mais espaço. ONU News – Nações Unidas

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