Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Guiné Equatorial – Segundo o Banco Africano de Desenvolvimento o país continuará em recessão

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) acredita que a Guiné Equatorial continuará em recessão este ano e no próximo, com quedas de mais de 3% do PIB, mas as perspectivas melhoram com o programa do Fundo Monetário Internacional (FMI)

«A Guiné Equatorial continua a desenvolver esforços para sair da recessão causada pela descida nos preços do petróleo em 2014, com uma queda do PIB de 4,1% em 2019, depois de ter caído 6,1% em 2018», segundo o relatório "Perspectivas Económicas em África", publicado em Abidjan pelo BAD.

O programa negociado com o FMI no final do ano passado "concentrar-se-á em manter a estabilidade macroeconómica e fortalecer o setor bancário, além de promover o status social, diversificação económica, boa governança e transparência", lê-se no documento, com o subtítulo "Desenvolvimento da força de trabalho africana para o futuro".

Na parte do relatório dedicado à Guiné Equatorial, o BAD escreve que o governo compromete-se a aplicar as medidas acordadas com o FMI e recorda os cortes nos gastos públicos, que foram reduzidos em 20,6% em 2018, e a melhoria na arrecadação de impostos, que aumentou 7,2%.

O déficit orçamental de 2,6% em 2017 melhorou para atingir um superavit de 0,5% em 2018 e 1,3% em 2019, observa o BAD, no entanto, apontando as fragilidades na gestão das finanças públicas e no capital humano do país.

O documento afirma que "o progresso no desenvolvimento humano está abaixo do potencial do país" e que 80% das crianças matriculam-se na escola primária e a taxa de reprovação é de 24%.

As receitas do petróleo permitiram ao país modernizar a sua infraestrutura nas últimas duas décadas e existem programas ambiciosos para a construção de estradas, portos, aeroportos, abastecimento e produção de água, transmissão e distribuição de eletricidade, observa o BAD, destacando no entanto, essa diversificação económica "continua sendo um objetivo importante para a estabilidade e o crescimento a longo prazo".

A economia ainda é dominada pelos hidrocarbonetos, embora as atividades não petrolíferas tenham aumentado de 40% do PIB em 2013 para 56% em 2017, mas a redução de 6,8% no setor de petróleo planeada para este ano deve manter o país em recessão.

A "fraqueza estrutural da capacidade de gestão das finanças públicas e a capacidade do governo de implementar as suas políticas económicas e sociais continuam a prejudicar o país", concluem os economistas do BAD. In “Asodegue” – Espanha com “Lusa”

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