Lisboa
- O secretário-executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)
disse, em Lisboa, que os países observadores associados da organização podem
vir a financiar projetos de cooperação, assunto a decidir na cimeira de 2020 em
Luanda.
"Tendo
em conta o número crescente de países observadores associados da CPLP, nós
estamos num processo de reflexão sobre a melhor forma de aproveitar todas as
potencialidades e de criar sinergias entre os países observadores e a
CPLP", afirmou o embaixador Francisco Ribeiro Telles, em declarações à imprensa,
à margem de um debate, na Sociedade de Geografia, sobre o futuro da
organização.
Segundo
o diplomata, neste contexto, "uma das ideias que está em cima da mesa é
que projetos de cooperação que envolvam os Estados-membros da CPLP possam vir a
ter o financiamento de países observadores".
"Portanto,
agora há que partir pedra e ver quais são os projetos que interessam à CPLP e
quais os que interessam aos países observadores", comentou.
Francisco
Ribeiro Telles recordou que já houve uma reunião com os países observadores,
este ano, na qual foi debatido o assunto, e adiantou que haverá uma outra,
ainda antes do final de 2019, provavelmente em novembro, para continuar aquilo
a que chamou "processo de reflexão".
Nesta
próxima reunião, o diplomata admitiu que "podem ser dados passos
importantes para que na cimeira de Luanda possa haver uma decisão naquele
sentido".
Durante
o debate que hoje decorreu em Lisboa sobre "CPLP -- Que presente e que
futuro", na sua intervenção, o secretário-executivo referiu que já foram
aprovadas também as candidaturas do Peru, Roménia, Grécia, Qatar e Costa do
Marfim que, desta forma em breve poderão fazer parte daquele grupo, logo que
sejam "sancionadas na cimeira de chefes de Estado e de Governo", a
decorrer em Luanda, capital de Angola, em 2020.
Também
os Estados Unidos da América apresentaram recentemente o pedido para serem
observadores associados da organização lusófona.
A
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa contava em 2014 com três
observadores associados, lembrou Ribeiro Telles, na sua intervenção, em que
adiantou que havia "várias ideias a germinarem ao nível dos
Estados-membros da CPLP" sobre como se encaixar os países observadores na organização.
Na
mesma, considerou ainda que a tendência "era cada vez mais para que países
observadores possam vir a financiar ou a colaborar em projetos de cooperação
nos Estados-membros da CPLP".
A
CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Atualmente,
são observadores associados 18 países e uma organização internacional
(Organização dos Estados Ibero-Americanos). In “Sapo
Timor-Leste”
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