Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Macau - BNU e IPIM assinam acordo para aumentar negócios entre China e países lusófonos




O BNU e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) assinaram um acordo para aumentar o volume de negócios entre a China e os países lusófonos, disse à Lusa o presidente da instituição bancária.

Carlos Álvares explicou que “o grande objectivo é aumentar o volume de negócios e de investimento entre os países de expressão portuguesa e a China, utilizando Macau como uma plataforma”. O presidente do BNU falava à margem da Feira Internacional de Macau e da Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa, que ontem começou. “Já celebrámos protocolos com outras entidades, com entidades bancárias e achamos que celebrar este entendimento com o IPIM pode ser uma mais-valia para as empresas portuguesas, para as empresas de expressão portuguesa e para as empresas, fundamentalmente, das nove cidades da Grande Baía que estão aqui mais próximas em termos de possibilidade de concretização e realização de negócios”, acrescentou.

O responsável frisou que “o BNU faz parte de um grupo, a Caixa Geral de Depósitos [CGD], o maior banco em Portugal, e que (…) está em primeiro em cinco dos países de expressão portuguesa”. “Congregando estes esforços entre a CGD em países de expressão portuguesa e em Portugal, BNU (…), IPIM aqui em Macau e outros bancos chineses (…) será possível com certeza aumentar o volume de negócios entre estes países”, bem como “o volume de investimento”, garantiu. “O que nós sentimos é que se trabalharmos em conjunto com outras entidades que têm objectivos semelhantes é possível fazer mais”, concluiu.

O BNU em Macau registou, no primeiro semestre deste ano, lucros de 366,8 milhões de patacas, indicam dados oficiais ontem divulgados. Em relação a igual período de 2018, os lucros do BNU subiram 18% nos primeiros seis meses de 2019. No primeiro semestre do ano passado, os lucros do banco foram de 311 milhões de patacas.

De acordo com o balancete de 30 de Junho passado, publicado em Boletim Oficial, o BNU registou proveitos de 865 milhões de patacas e custos de 498 milhões de patacas. O banco fechou 2018 com lucros de 585 milhões de patacas, proveitos de 1,7 mil milhões de patacas e custos de 1,1 mil milhões de patacas. O BNU é, juntamente com o Banco da China, banco emissor de moeda em Macau, e conta actualmente com 20 agências, incluindo uma em Zhuhai.

O presidente do BNU expressou à Lusa confiança na “resiliente” economia de Macau para superar a recessão prevista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2019 e 2020. “A economia de Macau é muito resiliente, (…) portanto, estou razoavelmente confiante” que a situação seja ultrapassada e não exista um impacto negativo no emprego e no crédito malparado da banca, defendeu Carlos Álvares.

“Não há dívida (…), Macau tem um fundo de reserva na casa dos 60 mil milhões de euros e, portanto, pode aumentar os gastos públicos para compensar um bocadinho os eventuais investimentos privados que possam não ocorrer”, afirmou. O líder do BNU lembrou que “há cinco anos, quando as receitas do jogo caíram para metade, os níveis do desemprego não aumentaram, o Governo continuou a registar superávites” e que “não houve acréscimo de rácios malparados no sector financeiro”.

Tal, reiterou, demonstra a resiliência da economia de Macau “a este tipo de oscilações”, ressalvando, contudo, o facto de estar “ainda muito baseada no jogo”, apesar dos “grandes esforços para [garantir] a sua diversificação”. Na terça-feira, o FMI reviu em baixa as previsões no relatório Perspectivas Económicas Globais para Macau este ano, antecipando agora uma recessão de 1,3% e nova contração da economia, de 1,1%, em 2020. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”

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